Bern a cidade das Fontes

Bern (ou Berna em português) é a quarta maior cidade na Suíça, com uma população em torno de 150 mil  habitantes e é a capital da confederação. O centro histórico da cidade é patrimônio da UNESCO e consiste basicamente em uma “península” em forma de colina no rio Aare com ruas que a sobem até a estação de trem, um dos limites desta área. A principal rua é a Marktgasse, que começa no Zeitglockenturm (Zytglogge) e termina na estação de trem. Nela existem algumas fontes coloridas e um comércio bastante ativo. Na cidade fala-se alemão.

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Bern é banhada pelo rio Aare. Aar (em alemão Aare) é um importante riacho do centro e do norte da Suíça. É um afluente da margem esquerda do Rio Reno e tem 295 km de comprimento.

Torre do Relógio

A Torre do Relógio, é uma das maiores atrações turísticas de Bern. Essa torre, que havia servido várias vezes de prisão, se converteu no campanário depois do devastador incêndio de 1405. Debaixo do grande relógio se encontra o relógio astronômico com a hora solar. Ao lado deles estão as figuras mecânicas (1527 – 1530) que encantam jovens e velhos.

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O Zytglogge é um dos locais imperdíveis da cidade, construído no século XIII é uma torre relógio que serviu a cidade ao longo dos tempos como torre de guarda, prisão e agora apenas relógio.

 

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“A três minutos antes de completar a hora, o galo canta pela primeira vez. E ele o fará por três vezes como na frase dita por Jesus Cristo para São Pedro: ‘Antes que o galo cante, você me negará por três vezes’. Depois o bobo da corte toca os sinos e os ossos, nos pés de Cronos, também giram. O galo canta de novo e no passar da hora Cronos gira o relógio de areia que ele carrega na sua mão, conta as batidas do sino movendo a sua boca e o cetro que ele carrega na outra mão. Com o terceiro canto do galo termina o espetáculo. “O maior mérito é que o mecanismo original foi conservado até os dias de hoje. O relógio funcionava da mesma maneira no século XVI”.

 

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Bern está inscrita no Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO, graças ao seu patrimônio medieval urbano, que conseguiu atravessar os séculos.

Entre os bernenses ilustres encontram-se o cientista Albrecht von Haller, o poeta Jeremias Gotthelf, o escultor Bernhard Luginbühl e os pintores Ferdinand Hodler e Paul Klee. O físico de origem alemã Albert Einstein desenvolveu sua Teoria da Relatividade em Bern.

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Na rua “Junkergasse” dobramos à esquerda para chegar na catedral, a mais importante obra do gótico tardio no país. O pórtico, no exterior da igreja, e dentro, o conjunto de cadeiras do coro (a primeira renascentista, 1525) a o vitral do Juízo Final, situada na capela central (1460) são os elementos destacados pelos guias turísticos.

Berna foge do padrão “cidade-suíça-à-beira-do-lago” – a cidade é famosa por sua arquitetura medieval, com suas casinhas idênticas, fachadas de arenito e telhado marrom, ruelas estreitas, chafarizes e torres históricas. O centro histórico, também chamado de Altsdadt (“Cidade Antiga”, em alemão) é possui 114 atrações classificadas como “patrimônio de importância nacional”, além de ser reconhecida como Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO desde 1983.

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Fundada em 1191 pelo Duque Berthold V de Zähringen, o local escolhido não poderia ser mais estratégico: uma península às margens do rio Aare, o que oferecia uma eficiente defesa natural em três lados. Para fortificá-la completamente, um fosso, muralha e uma Torre de Guarda, único portão de entrada da cidade, foram construídos em 1218-20. Depois que Berthold V morreu sem deixar herdeiros, Berna foi feita cidade livre. Com poder e prosperidade crescentes, entrou para a Confederação Suíça em 1353. Após um grande incêndio em 1405, que destruiu a torre e grande parte da cidade, as construções de madeira foram gradualmente substituídas por casas enxaimel e, mais tarde, por edifícios de arenito, característica da Cidade Antiga (Altsdadt) que permanece até hoje.

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Berna é conhecida como a “Cidade das Fontes”, pois possui mais de cem construções centenárias com água potável e geladinha (perfeito para encher sua garrafinha e continuar a caminhada), quase todas do século 16. Onze destas fontes são decoradas com estátuas em estilo renascentista que remetem a personagens históricos ou figuras lendárias, que dão um charme e um ar colonial à capital. Para quem se interessar em conhecer as fontes de Berna, o escritório de turismo local oferece uma visita guiada temática.

Existem várias teorias e lendas para justificar o nome da cidade. A mais famosa delas data de 1224, quando o Duque de Zähringen (fundador da cidade) retornou de sua primeira caçada pela região trazendo um urso (“Bär” em alemão). Além de batizar a cidade, o urso é o mascote de Berna e está representado no brasão do cantão.

Albert Einstein: 

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Na cidade de Berna, na Suiça, encontraremos uma casa convertida em museu onde o gênio da ciência Albert Einstein viveu entre os anos 1902 e 1909, apesar de ter nascido em Ulm na Alemanha. De localização central, a casa se encontra na Kramgasse 49 e está aberta ao público diariamente.

Em 18 de abril 1955 – cerca de 50 anos atrás -Einstein morreu em Princeton, E.U.A., meio século depois de sua famosa”annus mirabilis” ou da publicação da Teoria da Relatividade em 1905, onde, vivendo em Bern, “virou de cabeça para baixo” a visão de mundo da física. O apartamento onde morava na rua Kramgasse, 49 (no centro da cidade) foi preservado e hoje exibe as mobílias, decoração e toda a história da vida de Albert Einstein e sua família em Bern.

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A visita ao museu e casa de Albert Einstein não é muito demorada (leva de uma a duas horas) e vale a pena, principalmente por ser neste lugar onde Einstein desenvolveu a Teoria da Relatividade. Na casa funciona a Sociedade Albert Einstein, dedicada ao conhecimento da vida e obra do físico durantes seus anos na Suiça. O que podemos descobrir é sobre todo o modo de vida nessa época, graças a ambientação do apartamento que foi alugado a um jovem físico até então desconhecido, empregado da Oficina de Patentes da cidade.Com apenas 24 anos, Einstein trabalhava e residia em Berna, anos antes de fugir do nazismo para os Estados Unidos.

O escritório utilizado na oficina de patentes, móveis originais da época e documentos sobre sua vida, também são exibidos. Em pleno centro histórico da cidade, temos a oportunidade de ter contato com a casa de um gênio imortal, uma figura muito gigante para a própria casa.

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Arcadas e Fontes: Pelo calçadão de compras você passeia entre os arcos que deixam a cidade ainda mais charmosa e com um ar medieval. Além disso, há fontes d’água em vários pontos do centro histórico da cidade, principalmente. Há mais de 100 fontes diferentes! As Arcadas, são calçadas comerciais cobertas, localizadas nos dois lados e separadas por passagens em forma de arcos do século 15. Repletas de estabelecimentos comerciais, desde pequenas lojas de antiguidades, os tradicionais souvenirs, modernos (e caros) relógios, roupas exclusivas e também galerias e cafés, onde o antigo e o moderno convivem em total harmonia. Berna possui 6 km de arcadas, que formam o mais extenso calçadão comercial coberto da Europa.

Peça a um suíço para descrever Berna e você poderá ouvir uma piada, sobre como as pessoas se movem tão lentamente que até mesmo suas almas levam séculos para chegar ao céu. Apesar de ser verdade que esta cidade de cerca de 130 mil habitantes, no oeste da Suíça, é uma das capitais mais tranquilas da Europa. O urbano e o rural se misturam estreitamente aqui. A floresta de freixos (árvores da família das oliveiras) e carvalhos encosta no aglomerado de embaixadas ao largo de uma praça da cidade.

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Ao chegarmos no outro lado da ponte, encontramos a “Gerechtigkeitsgasse”, ou “rua da Justiça” em alemão, decorada com dezenas de bandeiras dos cantões suíços. Lá se destacam suas famosas e muito conservadas arcadas. São quase seis quilômetros. Por isso, dizem que elas compõem o circuito comercial mais largo da Europa. Nela encontram-se diversas lojas, especializadas em antiguidades, roupas exclusivas e também galerias e cafés.

O ar medieval da cidade, com seus muitos chafarizes e suas muitas fachadas de arenito, ruas estreitas e torres históricas, possui uma característica única. O elevado Jardim das Rosas, acima do Fosso dos Ursos, e a plataforma da torre da catedral, medindo 101 metros de altura, oferecem a melhor vista para o centro histórico, em volta do qual flui o rio Aare. Das antigas trincheiras e dos baluartes, despenca-se abruptamente para o rio. As butiques, os bares e cabarés do centro histórico da cidade – alguns dos quais situam-se em porões abobadados – e os pequenos cafés de rua atraem tanto moradores locais quanto turistas. Apesar de Berna apresentar uma excelente rede de transporte público, o melhor mesmo é explorar o centro da cidade a pé.

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A história de Bern está intimamente ligada ao seu rio, o Aare. Para turistas que cruzam a Europa central, o centro histórico de Bern é uma das paradas obrigatórias. Apesar de ser possível percorrê-lo, sem muito esforço, no espaço de poucas horas, vale a pena dedicar um pouco mais de tempo para desfrutar da sua oferta cultural e de entretenimento.

Depois da ponte de Nydegg, chegamos ao bairro “Matte”, a parte mais baixa da cidade desenhada seguindo os contornos do rio Aare. Antigamente lá viviam os artesãos. Havia, por exemplo, curtidores de couro, pessoas dedicadas à cerâmica e também havia muitos moinhos de farinha e serrarias. Essas eram atividades que exigiam a presença de água. Mas hoje em dia ainda vivem muitos artistas no Matte. Na metade do século XVI viviam no bairro 600 pessoas, cerca de 10% da população na cidade. Hoje já são 1.400. Uma central elétrica em funcionamento desde 1891 abastece a demanda de eletricidade de 1.700 lares.

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Caminhar antes do anoitecer por algumas das suas pontes, ver o reflexo dos raios de sol nas águas do rio Aare e pedir uma bebida ou tomar sorvete em alguns dos terraços das concorridas ruas da cidade nas tardes de sol podem ser uma boa desculpa para hospedar-se na capital suíça.

Assim como a maioria das cidades do país, Berna é extremamente charmosa. O idioma da cidade é o alemão e a sede do Governo fica lá. É conhecida como a cidade dor ursos, tanto que o brasão do Cantão (como são chamadas as divisões do país, como se fossem estados) de Berna é um urso e a atração mais famosa da cidade é o Parque dos Ursos! A única fábrica mundial de Toblerone fica em Brünnen, próximo a Berna. O produto é exportado para mais de 120 países e representa um terço das exportações suíças de chocolate – 35 mil toneladas por ano, o que significa um Toblerone por habitante da Terra. Cerca de 96% da produção de Toblerone são exportados. Infelizmente a fábrica não oferece tours.

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A cidade não é muito grande, e as principais atrações turísticas ficam perto umas das outras, na Cidade Antiga de Berna (centro histórico). E isso é ótimo, pois dá pra passear e conhecer tudo a pé, em um dia você consegue ver a maioria das atrações. É um lugar que merece um espaço no seu roteiro de viagem, parece uma cidade cenográfica de tão linda que é!

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Casas do Parlamento: as Casas do Parlamento (ou Bundeshaus) podem ser visitadas com horário marcado. Na Praça do Parlamento, há uns espaço com esguichos d’água que saem do chão que são a diversão das crianças no calor. E atrás dos edifícios, você tem uma vista bem bonita de uma parte da cidade.

Nas praças do centro da cidade, coloridas feiras semanais expõem seus produtos. Em particular, vale a pena visitar a Feira da Cebola (Zibelemärit), que acontece na quarta segunda-feira de novembro: os visitantes desejosos de comparecer à feira tradicional dedicada à cebola começam a chegar em massa na cidade já durante a madrugada.

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Lembrada por seus chocolates, fundues, canivetes e relógios-cucos a maravilhosa e pequena Suíça harmoniza paisagens de montanhas nevadas e lagos azuis, a modernidade e a vida urbana. Sua arquitetura com mais de 2000 anos de história e sua deliciosa gastronomia atraem turistas do mundo inteiro que desejam experimentar como é viver em um país de primeiro mundo.

 

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