Caminito pitoresco em Buenos Aires

La Boca é um bairro da cidade argentina de Buenos Aires, que por sua localização próxima ao porto, foi habitada por muitos estrangeiros que chegavam pelo porto para trabalhar. O bairro possui duas grandes atrações: O estádio do Boca Juniors (La Bombonera), time com maior quantidade de torcedores da Argentina e conhecido por serem absurdamente fanáticos por futebol, e o Caminito, onde parte do bairro foi restaurada. O Caminito tem uma característica peculiar: as casas são construídas com tábuas de madeira, placas e telhas de metal e pintados com muitas cores.

CAMINITO

Caminito, um dos locais mais pitorescos de Buenos Aires, situado no bairro La Boca, junto ao porto da cidade. Sua história está muito ligada a imigração italiana e ao tango. Estas casas coloridas, construídas com madeira retirada de navios dos imigrantes hoje formam uma zona de pedestres, com artesãos, pintores e músicos de rua. É um local que merece ser visitado, e onde você vai encontrar centenas de produtos típicos e lembranças para todo mundo da família. Bem em frente fica ancorado o navio Vapor de La Carrera, com mais lojinhas e um salão de chá. Ainda nas cercanias aproveite para visitar o Museu Histórico de Cera de La Boca e a igreja Santuário Nuestra Señora Madre de los Inmigrantes.

Conventillos (Casas típicas) - As casas na área do Caminito são também conhecidas como "Conventillos". As casas eram típicas dos imigrantes genovês no final do século XIX. As casas são pintadas em várias cores, porque os imigrantes italianos usaram a tinta sobrando nas oficinas do porto. As condições de vida nos "conventillos" são muito pobres. Hoje, alguns "conventillos" foram transformados em lojas de souvenirs e você pode visitar.
Conventillos (Casas típicas) – As casas na área do Caminito são também conhecidas como “Conventillos”. As casas eram típicas dos imigrantes genovês no final do século XIX. As casas são pintadas em várias cores, porque os imigrantes italianos usaram a tinta sobrando nas oficinas do porto. As condições de vida nos “conventillos” são muito pobres. Hoje, alguns “conventillos” foram transformados em lojas de souvenirs e você pode visitar.

La Boca é, talvez, o bairro de Buenos Aires com personalidade mais controvertida entre todos os que formam a capital Argentina e possivelmente o mais colorido. É um mundo distinto que, com original autenticidade pinta, com tons diferentes, a clássica capital portenha. É um bairro típico de imigrantes das mais distintas origens, entre as quais se destacam: gregos, iugoslavos, turcos e italianos, sobretudo genoveses.

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De características muito particulares, os habitantes de La Boca foram sempre divertidos, ruidosos e melancólicos. Falavam em dialetos xeneixe – dos genoveses – como se estivessem em sua terra. Eram trabalhadores e fraternais, ao ponto de formarem várias instituições de apoio comunitário. Editaram jornais, fundaram clubes esportivos e culturais. Dada sua grande sensibilidade para a arte, nasceram no bairro cantores, músicos, poetas e artistas plásticos, muitos dos quais ocuparam lugares relevantes na preferência popular.

La Boca tem a zona portuária que corresponde à ribeira e que se divide em dois traçados: Ribeira do Riachuelo e a Área Portuária Sul. A rua Caminito, de apenas 100 metros de extensão, é tão pequena quanto particular. Nela não há portas. Algumas janelas, alguns balcões cheios de plantas e de roupas colocadas para secar. Suas paredes pintadas de diferentes cores trazem recordações de Veneza. Nelas há todo tipo de murais, cerâmicas e adornos distintos.

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No início, era simplesmente um ramal ferroviário, cheio de terra e pedra. O local se chamava ‘a curva’, e logo se converteu em caminito, que encurtava distância. Esse foi o famoso caminito pelo qual transitava diariamente Juan de Dios, que escreveu o tango que leva seu nome. A iniciativa de colocar esse nome na rua surgiu de seu amigo, o artista plástico boquense, Benito Quinquela Martín. Hoje é uma rua turística, visitada não somente por estrangeiros, mas também por argentinos de todo o país, orgulhosos desse lugar tão pitoresco.

Reduto de criminalidade, o bairro da Boca é, para todo o mundo, um exemplo de maquiagem (ou seria revitalização?!). Formado por imigrantes italianos, em maioria, o bairro tem como característica principal as casas construídas com lata. São cortiços, na verdade, feitos com pedaços de navios em que chegaram os italianos no passado, como reza a história.

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Revitalizadas (ou maquiadas?!) com ajuda do governo, algumas casas ganharam cores fortes e identificação em qualquer lugar do mundo. A sua rua mais famosa é a Caminito, que ganhou homenagens como nome de tango e é ponto turístico obrigatório. O bairro não aparece em guias turísticos mais recentes da cidade. Mas vale a pena conhecer.

Na Caminito, tudo corre bem. É um espaço turístico, e talvez a moeda de troca com a população local. Por estar na periferia de Buenos Aires, o bairro não é aconselhável à noite. Tem becos muito escuros e perigosos, uma linha de trem assustadora e uma comunidade nem tanto amigável, segundo o que dizem.

O Tango não é apenas uma musica. É um estado de alma, pura emoção, sensualidade e paixão. Esta dança faz parte da tradição do país. Em diversos pontos da cidade é comum encontrar casais de dançarinos se apresentando para o público, como em Caminito (bairro La Boca). Aqui é possível colocar os rostos nos painéis espalhados por todo o bairro para “sacar” uma foto.

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No éden Caminito, no entanto, a arte é efervescente. Há artesanato, telas de artistas locais e que vendem, por 10 pesos ou 30 pesos, quadros originais que podem servir de lembrança do local.
Lá também há dançarinos de tango pelas ruas e performers que fazem estátua viva para divertir o público. Há músicos e uma espécie de display de madeira conhecidíssimo dos turistas, que podem simular que estão dançando tango na hora de fotografar. Nas redondezas da rua, onde também é permitido ser turista, tem lojas que vendem quinquilharias para turistas, como chaveirinhos e coisinhas para levar para casa, bares e cafés para sentar e conversar.

La Boca foi por muito tempo uma das regiões mais degradas da cidade, mas suas necessidades foram, até certo ponto, as responsáveis pelo seu renome mundial. La Boca foi o primeiro porto que a cidade teve. O bairro surgiu e se desenvolveu como um bairro de marinheiros. Por esse motivo, La Boca foi uma região de imigrantes, predominantemente genoveses, chegados entre 1880 e 1930. A desembocadura do Riachuelo foi o refúgio natural que tinham as embarcações que chegavam a Buenos Aires. Havia grande movimento de marinheiros e comerciantes.

O terreno era baixo e alagadiço e por esse motivo as casas eram de madeira, construídas sobre pilotes.

A origem das cores diversas está relaciona às sobras de tintas que os marinheiros traziam para as suas casas. Como não havia dinheiro suficiente para comprar tinta e a quantidade era escassa para pintar toda a casa de uma mesma cor, se aproveitava até a última gota da tinta que conseguiam. As casas acabavam sendo pintadas de várias cores, cada janelas de uma cor diferente, a porta de outra cor e as paredes de várias cores.

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A Rua Caminito está localizada no coração do bairro de La Boca, na área conhecida como Vuelta de Rocha, em frente ao Riachuelo. Caminito é cerca de 400 metros de La Bombonera, estádio do Club Atlético Boca Juniors.

Benito Quinquela Martín, artista plástico do bairro, captou esta peculiaridade e a adotou para dar colorido a seus quadros, fomentando depois a adoção definitiva desta particularidade que passou a fazer parte da personalidade do bairro. Nenhum outro artista conseguiu uma identificação com um bairro como a obra de Quinquela e talvez este seja o maior mérito desse artista boquense. Suas paisagens foram construídas com grandes pinceladas de cores quase puras que, colocadas em camadas densas, criam relevos construtivos.

Decididamente antiacadêmica, a cor de Quinquela tem a espontaneidade e franqueza do popular, mas também a virtude de não cair no kitsch. Suas paisagens se transformam em uma cosmovisão de forças quase abstratas. Rosas, verdes e azuis sugerem o amanhecer e o entardecer nas margens do rio.

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Os restos da antiga ponte, os armazéns coloniais hoje transformados em restaurantes e as recordações da atividade portuária são marcas de um bairro com história. No presente, outros pontos mantém viva a vida do bairro, como o estádio do clube Boca Juniors, os circuitos turísticos e o museu de belas artes Benito Quinquela Martín. Sede da Bombonera, o estádio do Boca Juniors, o bairro se transformou em palco da maior rivalidade no futebol argentino, contra o arqui_nimigo River Plate. Ver a Bombonera de perto é quase impossível. Só abre em dia de jogo.

Os imigrantes italianos eram em grande parte genoveses. Eles criaram em La Boca os dois futuros clubes mais populares do país: não só o Boca Juniors, mas também o River Plate foi criado no bairro, posteriormente mudando-se para a área mais nobre de Belgrano. A rivalidade originou-se justamente da proximidade entre os dois clubes, só depois se acentuando em razão de o River passar a representar a elite portenha, enquanto o Boca popularizou-se como o clube dos operários.

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La Boca, em 1882, era habitado quase que exclusivamente por imigrantes genoveses . Por desentendimentos nas relações de trabalho, promoveram uma greve geral. No trancurso da greve, como todos eram da mesma origem, declararam La Boca como região autônoma .Pensavam-na como a República de San Marino.

.Na área onde hoje está Caminito, em 1898 passou a linha do trem. Em 1928, a ferrovia fechou, e no terreno foi abandonado. Em 1950 um grupo de moradores, entre os quais estava o famoso pintor Boca Quinquela, decidiu restaurar o terreno. O pintor batizou a rua como “Caminito” pelo título do popular tango de 1926, de Peñalosa e Filiberto. Ao passeio foram somando-se as doações de diferentes artistas. Em 1959, Caminito foi transformado em um museu a céu aberto e sem portas.

 

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