Château de Chenonceau

“Château des Dames” (Castelo das Mulheres), como é conhecido, foi construído em 1513 por Katherine Briçonnet, embelezado sucessivamente por Diane de Poitiers e Catherine de Médicis (Catarina de Medicis), foi salvo dos rigores da Revolução por Madame Dupin. Essa empreitada feminina está por toda parte, o castelo foi preservado dos conflitos e das guerras, sendo sempre um lugar de paz.Sete mulheres de forte personalidade , sendo duas rainhas, que construíram este castelo sobre as águas do rio Cher, e traçaram sua história. A origem desta construção vem desde o século 13, numa antiga propriedade existente no local, que incluía um pequeno castelo às margens do rio.

Propriedade da Coroa, depois residência real, é um lugar maravilhoso, pela sua concepção original, pela riqueza das suas coleções, móveis e decoração, mas também pelo seu destino, pois foi amado, administrado e protegido por mulheres fora do comum, que marcaram a história.

O Château de Chenonceau é a pérola dos castelos do Vale do Loire. Deve muito do se esplendor às suas famosas proprietárias, Diane de Poitiers (amante e maior amor de Henrique II, mesmo sendo 18 anos mais velha que ele) e Catherine de Médicis (esposa de Henrique II).

Diane de Poitiers foi a inquestionável senhora do palácio, mas o título de propriedade manteve-se com a Coroa até 1555, quando anos de delicadas manobras legais finalmente a beneficiaram com a posse. No entanto, depois da morte de Henrique II, em 1559, a sua resoluta viúva e regente, Catarina de Médicis despojou Diane da propriedade. Uma vez que o palácio já não pertencia à Coroa, a rainha não podia desapropriá-la totalmente, mas forçou-a a trocar o Castelo de Chenonceau pelo Château de Chaumont-sur-Loire. No entanto, tendo apreciado as benfeitorias, resolveu dar continuidade às obras. A Rainha Catarina fez então de Chenonceau a sua residência favorita.

Catarina de Médicis aumentou os jardins e parques do palácio, tornando a propriedade num disputado local para as grandes festas que atraíam a sociedade da época. Quando a rainha Mary Stuart visitou a França, em 1560, Catarina homenageou-a em Chenonceau com uma recepção para mil pessoas, que durou vários dias. Destacaram-se as apresentações teatrais, a presença de pintores para registar o evento, de poetas e de muita música.

Como regente da França, Catarina podia gastar uma fortuna no palácio e em espetaculares festas noturnas. Em 1560, as primeiras exibições de fogo de artifício alguma vez vistas em França tiveram lugar em Chenonceau, durante a celebração que marcou a ascensão do seu filho, Francisco II, ao trono.

Com a morte de Catarina, em 1589, o palácio passou para a sua nora, Louise de Lorraine-Vaudémont, esposa de Henrique III. Em Chenonceau, Louise recebeu a notícia do assassinato do seu marido e caíu num estado de depressão, passando o resto dos seus dias vagueando sem destino ao longo dos vastos corredores do palácio, vestida de roupas matutinas entre sombrias tapeçarias pretas, onde foram cosidos caveiras e ossos cruzados. Nesta fase, as grandiosas festas cessaram, passando o palácio a viver numa permanentemente atmosfera de luto.

O Château de Chenonceau possui uma excepcional coleção de pinturas de grandes mestres: Murillo, Le Tintoret, Nicolas Poussin, Le Corrège, Rubens, Le Primatice, Van Loo… e também uma raríssima coleção de tapeçarias de Flandres do século XVI.

Durante o reinado de François I, a propriedade foi comprada por Catherine Briçonnet, que determinou que fosse tudo demolido, com exceção da torre. Foi então construído um novo castelo sobre as fundações da antiga mansão. Mas os custos foram altos, e como a família não podia pagar seus débitos, a propriedade acabou sendo vendida para o rei. Em 1547, no reinado de Henrique II, este deu a propriedade de presente para sua amante, Diane de Poitiers, que tratou de contratar um arquiteto para aumentar sua nova casa, mandando inclusive construir uma ponte sobre arcos, ligando a mansão à outra margem do rio. Foi ela também quem projetou os jardins, vinhedos e uma série de outras melhorias.

Em 1559, com a morte do rei Henrique II, Catherine de Medicis, sua mulher, colocou a amante para fora de Chenonceau, mas gostou do que ela tinha feito, e resolveu dar continuidade às obras. Mandou então construir um novo aposento, exatamente em cima da ponte construída por sua rival. Este imenso salão sobre o rio, com dois andares e 90 metros de comprimento, passou a ser conhecido como Grande Galeria, e iria se tornar a marca registrada do castelo.

Catherine de Medici aumentou ainda mais os jardins e parques do palácio, fazendo da propriedade um ponto concorrido por suas festas famosas para a sociedade da época. Quando a rainha Mary Stuart visitou a França, em 1560, Catherine de Medicis lhe preparou em Chenonceau uma recepção com 1000 pessoas que durou vários dias, contando com apresentações teatrais, pintores para registrar o evento, poetas e muita música.

Após a morte de Catherine, e o assassinato de seu filho Henrique III, o Castelo se tornou propriedade de sua mulher Louise De Savoie. As festas então acabaram, o castelo passou a viver numa permanentemente atmosfera de luto, entrando a seguir num período de decadência e abandono. Depois de muitos proprietários, foi apenas no século 18, até ser comprado por Mme. Dupin, que Chenonceau voltou a florescer, quando tornou a receber hóspedes célebres, como Voltaire e Rousseau.

Dentre todos os castelos construídos na região do rio Loire, ele é único no estilo, e sua figura alongada, debruçada sobre o rio Cher, é vista em centenas de fotografias e imagens pelo mundo afora.

 

Os jardins impecáveis, o interior do palácio cuidadosamente mobiliado e conservado, junto às outras atrações existentes no local, fazem de Chenonceau mais um exemplo da arte e arquitetura Francesas, além de uma visita obrigatória para quem tiver um dia livre em Paris.

O Castelo de Chenonceau apresenta um “corps de logis” (corpo de casas) quadrado, com um vestíbulo central dando acesso a quatro salas de um lado e do outro. No rés-do-chão existe uma capela, o quarto de Diane de Poitiers e o gabinete verde de trabalho de Catarina de Médicis. Ao fundo do vestíbulo acede-se à galeria sobre o Cher. A galeria do rés-do-chão tem um pavimento branco e preto, tendo acolhido o hospital militar já referido acima. O resto do rés-do-chão comporta o quarto de Francisco I e o salão Luís XIV.

As cozinhas estão instaladas nos fundos do palácio. Um cais de desembarque permite a descarga direta das mercadorias.

A escadaria, com duas asas direitas, está acessível por trás de uma porta que se situa a meio do vestíbulo. Esta permite aceder ao vestíbulo de Catherine Briçonnet, no primeiro andar. Neste andar existem de novo quatro salas, o quarto das cinco Rainhas, o quarto de Catarina de Médici (por cima do seu gabinete verde), o quarto de César de Vendôme, e o quarto de Gabrielle d’Estrées.

O quarto de Louise de Lorraine, no segundo andar, carrega o luto da esposa de Henrique III, onde se nota a cor negra dominante dos lambris, as pinturas macabras e as decorações religiosas evocando o luto.

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