A maior cidade suíça, Zurique, é certamente uma das mais bonitas da Europa e, até hoje, mantém muito do seu charme do século 19. Situada às margens do Lago Zurique, no coração do país, e moldada pelos picos nevados dos Alpes, Zurique é grande o suficiente para oferecer toda a infraestrutura turística para os visitantes, mas também pequena na medida certa para que o turista a descubra por conta própria. Seguindo ao longo do rio, pela Limmatquai, você verá na margem direita a igreja Fraumünster que, apesar de simples, se tornou famosa pelos vitrais de Chagall e Giacometti. Algumas ruas tortuosas da Cidade Velha de Zurich desembocam em pequenas e graciosas praças, onde existem ainda antigas e bonitas bicas de água potável.
A cidade é cortada pelo Rio Limmat, que desagua no Lago Zurique, e por lindas pontes que ligam o centro comercial e financeiro aos bairros medievais, onde está a maioria das atrações. Nada é mais encantador do que andar sem rumo pelas estreitas ruas repletas de casas antigas e descobrir igrejas, parques, jardins e fontes.
Altstadt (“Old Town”)
Principal e mais antigo dos 12 distritos de Zurique, o centro histórico reúne casas medievais, edifícios centenários com sacadas, bandeiras e janelas coloridas, ruínas das fortificações e muralhas romanas, labirinto de ruelas e becos de paralelepípedos, estreitos e sinuosos. O passado bem preservado é acompanhado de modernos cafés, lojas e galerias, além de concentrar a vida noturna da cidade, com dezenas de bares, restaurantes e casas noturnas. A melhor maneira de conhecer a região é pegar um mapa e sair caminhando, sem pressa.
O rio Limmat, onde se veem diferentes patos e cisnes, corta Zurique e divide a cidade velha, a Altstadt. Seguindo a linha de pensamento de reaproveitamento urbano, Zurique já compete com New York em número de galerias e teatros. Cidade sofisticada, a capital econômica da Suíça sempre foi uma cidade interessante e que atraiu muita gente famosa, como Wagner, Lenin, Carl Jung, Einstein, James Joyce, Thomas Mann, e o poeta romeno Tristan Tzara, criador do “dadaísmo”, movimento que tinha por objetivo destruir qualquer semelhança que a arte ou literatura tinham com a ordem.
Grossmünster (Grande Igreja)
É a principal igreja de Zurich, dedicada aos santos Felix e Regula, padroeiros da cidade. A construção em estilo românico começou em 1090, mas só foi concluída em 1220. Localizado em uma colina 15 metros acima da margem direita do Limmat, suas torres gêmeas neo-góticas datadas do século 18 estão entre os principais cartões-postais de Zurique, é possível subir os 187 degraus e ter uma vista panorâmica da cidade. A cripta dos séculos 11-13 é a maior da Suíça, e os vitrais feitos em 1933 por Augusto Giacometti representam os Três Reis Magos trazendo presentes para a Virgem e o Menino, com os anjos acima.
Para quem não sabe, Zurich é a cidade com o maior número de fontes públicas de água potável do mundo – são exatas 1224, todas bem cuidadas, algumas são pequenas obras de arte. 70% da água de Zurich vem do lago e os outros 30% das nascentes de montanhas, combinação que produz uma água saborosa e geladinha. Se você ficar com sede em Zurich, não precisa correr até o supermercado, basta encher sua garrafinha, as fontes funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Zurique é uma cidade muito fácil de se circular e não há realmente necessidade de alugar carros ou tomar táxis para fazer turismo. Você poderia talvez usar os trans (bondes) mas a paisagem da cidade é tão linda que nos convida a um passeio a pé.
Rio Limmat e Lago Zurich
Rio transparente e de água potável que corta Zurique, perfeito para natação (as temperaturas passam de 20°C durante o verão), frequentado por praticantes de canoagem e lar de patos e gansos que nadam tranquilamente. Também é a principal fonte de água de Zurique. Passeios de barco partem da Landesmuseum e oferecem uma bela vista dos edifícios históricos, pontes, monumentos e parques, como o Zürichhorn, com gramados para piquenique, parque infantil de areia para crianças, áreas para prática de esportes e vestiários para quem quer dar um mergulho (duração de 1 hora). Também é possível fazer um cruzeiro pelo Lago Zurich (1h30 de viagem, ida e volta) e ir até Rapperswil (4 horas), com direito a jantar romântico.
Quem fala alemão, francês ou inglês não terá qualquer dificuldade de comunicação em Zurique. O que você não conseguir ler ou entender, pergunte. Os suíços são polidos, gentis e sentem-se bem em ser prestativos. Detalhe: apesar do alemão ser o idioma oficial do norte da Suíça, o que você ouve na realidade, é o suíço-alemão, um dialeto próximo do alemão, cheio de palavras locais, com sons de “rrrs”, que ignora completamente a gramática alemã. Entretanto, a linguagem escrita é a mesma.
O transporte público de Zurique é um dos melhores do mundo. O sistema está dividido por zonas e a zona 110 é a cidade de Zurique, enquanto as demais zonas são a grande Zurique. Quase todos os pontos turísticos estão localizados na zona 110, portanto, bilhetes só para esta zona são suficientes. Porém, se você quiser se locomover até outra zona, deve comprar uma extensão de zona.
A maior cidade da Suíça conserva todas as características de uma pequena e agradável localidade, com prédios de telhados vermelhos e catedrais de torres pontiagudas dominando a silhueta da cidade. Ao percorrer suas ruas, no entanto, descobre-se que por trás deste lado pitoresco existe uma cidade moderna em todos os aspectos, que conta com uma excelente rede de transportes coletivos, vigor financeiro invejável e ainda por cima decorada por um cenário privilegiado, onde destacam-se as água tranquilas do Zurichsee e, ao longe, as montanhas do Alpes.
Zurique está dividida entre “Kreis” ou distritos – macro regiões da cidade. São 12 Kreis no total, e o Kreis 1 é o centro histórico da cidade, onde estão as principais rotas turísticas e atrações históricas da cidade. É o melhor bairro para se hospedar. O Kreis 2 é ao lado do lago, área super verde, cheia de parques. Lá fica o museu Rietberg e Seebad Enge, que no verão se converte em um bar tipo lounge, e você pode nadar no lago. O Kreis 4 é perto da estação Hauptbanhof, a estação central da cidade, o que a converte em região mais “perigosa” de Zurique – para padrões Suíços. O Kreis 5 é a antiga zona industrial, onde há vários barzinhos e clubs legais, é a área mais cosmopolita de Zurique. As outras áreas são mais residenciais, ainda que o Kreis 6 também tenha bastante oferta de restaurantes legais.
Na rua Hauptbahnhof você encontra uma grande concentração de lojas e cafés. Se você quer comprar um souvenir, ou o tal famoso canivete suíço, está no lugar certo. Mas lembre-se, a Suíça é um país caro!
A história de Zurique tem sua origem nos romanos, que em 57/58 DC fundaram uma estância aduaneira chamada Turicum, embora existam registros de assentamentos com 7 mil anos na saída do Lago Zurich. O nome “Zurich” é possivelmente derivado do celta “dur” (água), povo que habitou a região antes dos romanos. Zurique fez parte do império Alemanni entre 746-1218, quando tornou-se uma cidade imperial livre após a extinção da linha principal da família Zähringer. Em 1798 Napoleão Bonaparte invade a Suíça e cria a República Helvética, que durou até 1803. O processo de reconstrução do país durou até 1848, quando a Confederação Suíça foi assinada. Zurique foi uma cidade fortificada entre os séculos 13 e 19, a atual Bahnhofstrasse marca o curso do antigo fosso. A muralha permaneceu até 1870, quando foi demolida. Durante a era da industrialização nos séculos 18 e 19, Zurique deixou de ser uma cidade de comerciantes para tornar-se uma importante capital da indústria orientada por máquinas.
Zurique é acima de tudo uma cidade bonita. Construída às margens do lago Zürichsee, cortada pelo rio Limmat e cercada por montanhas que alternam o verde dos pinheiros com o branco das neves, passear por este cenário é uma delícia para os sentidos.
Aproveite o coração fashion de Zurique e caminhe por toda a Bahnhofstrasse, a avenida mais chique da cidade, que vai da estação central (Hauptbahnhof) até o lago.
A Suíça é uma república federal composta por 26 estados, chamados de cantões, sendo Berna a capital federal. Está situada na Europa Central, onde faz fronteira com a Alemanha a Norte, a França a Oeste, a Itália a Sul e com a Áustria e Liechtenstein a Leste.
A moeda nacional é o Franco Suíço (CHF), que custa cerca de 1 euro – se você tiver euro ou dólar e quiser trocar por franco, a casa de câmbio da Hauptbanhof é bem honesta, e até 5 mil francos não precisa declarar.Brasileiros não precisam de visto para entrar no país, mas é sempre bom estar preparado para enfrentar a maratona de perguntas na imigração – e ter os documentos em mãos. Embora a Suíça seja sede de instituições financeiras e diplomáticas internacionais, bem como da Cruz Vermelha, não participa integralmente da União Européia, nem adotou o euro.
Há um aplicativo que pode te ajudar a montar roteiros em Zurique, se chama Zurich City Guide. Baixe o app e os conteúdos na wifi da sua casa e depois use-o offline. É uma mão na roda. Há disponível em vários idiomas, entre eles, inglês e espanhol.