Acehúche é conhecida na Espanha por sua tradicional festa de “Las Carantoñas” (As Caretonas) considerada como festa Turística de Interesse Regional. Incluímos esta cidade em nosso roteiro por um único e exclusivo motivo: a avó paterna do Manuel , dona Ricarda Carbajo Valiente nasceu aqui, e daqui veio para o Brasil. Claro que ele queria saber onde sua avó, que ele tanto amava, havia nascido. E para lá fomos. Acehúche é um município da Espanha na província de Cáceres, comunidade autônoma da Extremadura, com população de 900 habitantes. Bem pequenina mesmo.
Las Carantoñas são homens recobertos de pele de cabra e ovelha com mascarás do mesmo material que lhes confere um aspecto de feras selvagens. Durante a procissão eles desfilam diante do santo reverenciando-o.
No ritual as Carantoñas não entram na igreja, esperando a saída do santo. Seguem esperando esperando, até que finalmente seguem San Sebastián em procissão . As mulheres se apresentam na festa vestidas com o traje regional em seus lindos mantones.
A prefeitura e as ruas são muito arrumadinhas. Acehúche tem renome na Espanha devido suas atividades nas festividades de Las Carantoñas, que se celebram em janeiro coincidindo com as festividades de São Sebastião. A maioria das ruas são de calçamento nivelado.
Acehúche é muito conhecida pelos pescadores. Na estrada N-630, entre Plasencia e Cáceres, situa-se a zona designada por Carrascosa onde decorrem inúmeras provas de competição de pesca promovidas pelas associações das localidades vizinhas. As capturas traduzem-se fundamentalmente em barbos, carpas e pimpões, de peso significativo. Um barbo, ou uma carpa, de peso inferior a 1 kg são considerados arraia miúda.
Chegamos em um sábado à tarde, não havia ninguém nas ruas e o GPS não tinha mapeado a cidade, não sabíamos mais o que fazer. Então apareceu esta senhora, que é dona de uma tabacaria e conhece todo mundo no local. Explicou-nos que estavam todos no campo, com exceção de duas primas do Manuel, e subiu em nosso carro nos conduzindo até a casa. Gentileza em pessoa, uma graça.
Com muita receptividade nos mostraram um álbum com fotos de uma visita que uma prima nossa de Campinas fez a elas há mais de 30 anos. Para Manuel, que amava sua abuela (avó), visitar o lugar onde ela nasceu e encontrar parentes foi algo indescritível .