Riquewihr romântica cidade medieval na Rota dos Vinhos da Alsácia

Riquewihr é um típico vilarejo alsaciano, bastante reputado e visitado por seu charme e por sua arquitetura medieval. Situa-se perto de Colmar, no cantão de Kaysersberg. Esta cidade de paralelepípedos faz parte da famosa Rota Alsaciana do Vinho e é quase o resumo do encanto francês. Casas coloridas, lojas cheias de vinho e caixas de flores explodindo nos vasos com flores frescas … se a França já tivesse uma aldeia de livro de histórias, Riquewihr seria ela. Riquewihr (em alemão Reichenweier) é uma comuna francesa de 17,04 km² e com 1212 habitantes (1999) situada no departamento do Haut-Rhin, na região Alsácia.

Riquewihr fica na região da Alsácia que possui diversas florestas, principalmente nos Vosges e no Bas-Rhin (floresta de Haguenau). Diversos vales também embelezam a região.

Riquewihr e a cidade vizinha de Ribeauvillé foram inspiração para a cidade natal de Belle, da Disney’s Beauty and the Beast. Virtualmente esta pequena cidade é um museu ao ar livre. Riquewihr tem muitas vielas de pedra, varandas enfeitadas com flores em suas belas casas enxaimel, pátios circundados por galerias, românticas muralhas e torres de vigia. Inicia-se a visita por uma arcada que passa debaixo do Hôtel de Ville e dali um desfile de incontáveis belezas, que só estando lá para sentir.

 

Ao fundo o dolder de Riquewihr .Do topo da torre Dolder obtém-se um bom panorama da cidade e, também, dos vinhedos circundantes.

Ainda que a torre Dolder, que fazia parte da primeira cintura de muralhas, construída no final do século XIII, seja uma das imagens mais reproduzidas da cidade, o século XVI corresponde à época de ouro de Riquewhir, quando o rendimento da produção vinícola aumentou substancialmente.

Para chegar a Riquewihr passamos por estradas circundadas com grandes vinhedos carregados de uva, a perder de vista. Os vinhedos chegam até suas muralhas. A vila pertenceu aos Condes de Wurtemberg até a revolução e prosperou com o vinho.

A arquitetura de Riquewihr solicita ao visitante um esforço particular, tal a profusão de ornatos inscritos nas estruturas dos edifícios ou a quantidade de recantos que há que desvendarmos. Neste capítulo, vale bem a pena, por exemplo, partir à descoberta dos pátios setecentistas, com os seus varandins de madeira e poços que conservam as estruturas originais em ferro forjado. Entre muitos outros, anotem-se o Pátio Schwander, na Rue Saint-Nicholas (duas escadas em caracol, em madeira e em pedra), e o Pátio das Cegonhas, na Rue des Écuries, onde se pode ver uma enorme prensa em madeira, datada do início do século XIX.

Um traço comum a todos os povoados como Riquewihr é uma arquitetura com muitos pormenores marcados pela cultura do vinho, como pátios interiores e outras estruturas funcionais requeridas por habitações rurais que apoiam os trabalhos vitivinícolas.

A maioria das belíssimas e coloridas casas em tabique que rodeiam as estreitas ruas e ruelas da povoação data precisamente desse tempo. Muitas delas apresentam-se decoradas com escultura em madeira, uma delas famosíssima pela réplica que acabou por constituir um dos ex-líbris da cidade de Bruxelas. Com efeito, o Manneken-pis, datado de 1617, terá colhido inspiração numa figura semelhante criada por um artista da Alsácia. Esculpida em 1545, o antepassado da irreverente figurinha belga pode ainda hoje ser admirado pelos visitantes de Riquewhir num edifício localizado a meio da Rua Charles de Gaulle, a rua principal.

Muitas casas conservam traça e estruturas medievais ou renascentistas e algumas tornaram-se mesmo paradigmas de conservação.

A cidade foi gratificada com o título de um dos mais belos vilarejos da França (plus beaux villages de France), outorgado por uma associação independente visando a promover o turismo das pequenas comunas francesas ricas de um patrimônio de qualidade. A cidade é protegida por muralhas em excelente estado, das quais faz parte o dolder, uma torre erigida em 1291 que vigia as muralhas da extremidade superior da cidades e cujo nome significa topo.

A influência cultural germânica é evidente na arquitetura, no povo e até na língua. A região produz ótimos vinhos e cervejas e um de seus pratos mais típicos é o chucrute.

Fronteiriças com a Alemanha e hoje pertencente à França, a Alsácia (Alsace) e a Lorena (Lorraine) já mudaram tanto de mãos ao longo da história que não se pode dizer que sejam francesas ou germânicas; mas que têm personalidade própria.

Na Alsácia existem diversas cidades e vilas medievais e renascentistas bem conservadas, sobretudo na Rota do Vinho e suas redondezas. A mais conhecida (e lotada de turistas!) é Riquewihr, porém outras como Colmar, Eguishreim, Ribeauvillé, Sélestat, Turckheim e Obernai (bastante típica) figuram entre as mais bonitas e agradáveis.

Esse vinho degustado aqui na Rota do Vinho foi especial. Acredite!

A vila de Riquewihr é apontada pelos guias como uma das mais charmosas de toda a Rota do Vinho. Até a Revolução Francesa, ela cresceu rica sob o cultivo de cepas variadas, de Pinot Gris a Gewürztraminer. A cultura do vinho é uma realidade local pelo menos desde o século XVI, quando a Alsácia exportava já os seus vinhos para o Norte da Europa, e o urbanismo e a arquitetura da maioria das aldeias datam exatamente dessa época.

Qualquer uma das cinco aldeias tocadas pelo roteiro onde Riquewihr se inclui, possuem, nas redondezas, caminhos pedestres assinalados, o que proporciona, aliás, uma agradável experiência, acrescentada, ainda, do bonus retemperador da evasão das multidões de turistas que habitualmente abarrotam os povoados, especialmente Riquewihr. Este celebérrimo burgo passa por ser a aldeia mais visitada de França – dois milhões de visitantes por ano!

A arquitetura medieval marca a paisagem urbana desta vila.

A coluna vertebral da região é, sem dúvida, a cultura do vinho. Grande parte das atividades economicas e das práticas culturais estão intimamente relacionadas com o vinho – a Alsácia produz anualmente mais de um milhão de litros de vinho e o processo envolve quase dez mil famílias. Museus e atividades de ecoturismo, gastronomia e percursos de trekking ou simples caminhadas, tudo evoca mais ou menos diretamente a cultura do vinho ou as paisagens transformadas com essa finalidade.

Da entrada pelo Hôtel de Ville até a Torre dos Sinos, as pequenas ruas em tijolos rosa são como um museu a céu aberto.

Entre o Reno e as montanhas dos Vosgos, junto à planície alsaciana, séculos de trabalho criaram uma das mais belas paisagens vinícolas de França. No Alto Reno, as aldeias de Eguisheim, Riquewihr, Kaysersberg, Hunawihr e Ribeauvillé emergem de um mar de vinhedos e são, ao mesmo tempo, a face irresistível da Alsácia rural e medieval.

Restaurantes com menus possíveis, lojinhas, barracas com vinhos que acabaram de ser produzidos, crepes de rua: Riquewihr é mesmo a cidade mais envolvente da Rota.

A chamada Rota dos Vinhos é, a atração que mais polariza a atenção dos visitantes desta região, embora a sua extensão – cerca de uma centena de quilômetros – a torne impraticável no espaço de tempo de umas breves férias e desaconselhe, aliás, o seu percurso de uma só vez. O itinerário, que atravessa os mais importantes vinhedos da região e dá a conhecer algumas das aldeias históricas da Alsácia como o fizemos aqui em Riquewihr.

Saiba que a isita à Torre dos Ladrões: museu sobre os métodos de tortura na Riquewihr medieval aos ladrões, adúlteros, prostitutas e aos acusados pela inquisição. Hoje a Torre está num quarteirão florido e abriga campanhas contra quaisquer métodos de tortura e pena de morte.

 Apesar da dimensão e do número de habitantes há que evitar qualquer expressão do tipo “a aldeia de Riquewihr”, descuido capaz de gerar localmente a maior indignação… Riquewihr é cidade desde 1320, o que constitui, naturalmente, motivo de forte orgulho para os seus habitantes, orgulho que não impede o povoado de pertencer, paradoxalmente, a uma associação que reúne as cem mais belas aldeias de França!

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