Siena é a segunda cidade da Toscana, distando 90 quilômetros de Florença, e é visitada por milhares de turistas que vêm atraídos por dois motivos principais: por um lado, o célebre Il Campo, uma das praças góticas mais famosas do mundo, onde anualmente se realiza o Palio, uma das festas tradicionais mais conhecidas de Itália; por outro, a catedral de Siena, o Duomo, que foi um dos edifícios mais marcantes da arquitetura da sua época.
Piazza del Campo
A Piazza del Campo é a perfeita piazza italiana, um lindo e gigantesco espaço cercado de ruas largas que repentinamente convergem em frente à exótica prefeitura municipal. As mesas do Bar Il Palio têm uma das melhores vistas da piazza; depois do jantar, experimente a grappa ou o vin santo.
O santo franciscano de Siena, São Bernardino, é célebre por ter sido o maior expoente, no Catolicismo, da via espiritual de invocação do Nome Divino, que encontra similares em todas as grandes religiões, do Budismo (nembutsu) ao Islã (dhikr) e ao Hinduísmo (mantra). Os sermões que Berbardino fez na praça central de Siena provocaram tal fervor religioso e devoção ao nome de Jesus que o conselho municipal decidiu colocar o monograma do nome de Jesus (composto pelas letras IHS, significando “Jesus salvador dos homens”)na fachada do prédio do governo. Do mesmo modo, muitos cidadãos o pintaram sobre as fachadas de suas casas, como até hoje se pode ver na cidade.
Duomo
A Catedral de Siena (1136-1382) é um exemplo espetacular da arquitetura românico – gótica com influência de Pisa. Se o plano do século 14 para ampliar a nave tivesse sido posto em prática ela seria a maior igreja da cristandade, mas a ideia foi abandonada quando a peste negra de 1348 matou quase metade da população local.
Na galeria lateral da nave inacabada, mas coberta, está o Museo dell’Opera del Duomo, dedicado principalmente a esculturas retiradas do lado de fora do Duomo, incluindo um tondo (relevo circular) de uma Madona e Menino, provavelmente criado por Donatello, e diversas imagens góticas. O destaque do acervo fica com o imenso alar de Duccio, Maestà (1308-11), com Madona e Menino de um lado e, de outro, Cenas da Vida de Cristo. Siena também deu origem a vários Papas, sendo eles: Alexandre III, Pio II, Pio III e Alexandre VII. Os dois grandes santos de Siena são Santa Catarina (1347-1380) e São Bernardino (1380-1444).
Siena, construída no alto de colinas e cercada de antigas muralhas, com um fabuloso centro histórico, é um daqueles lugares que não podem de modo algum faltar em um roteiro de viagem pela Toscana.
Siena rivalizou no campo das artes durante o período medieval até o século XIV com as cidades vizinhas. Porém, devastada em 1348 pela Peste Negra, nunca recuperou o seu esplendor, perdendo também a sua rivalidade interurbana com Florença.
A Siena atual tem um aspecto muito semelhante ao dos séculos XIII-XIV. Detém uma universidade fundada em 1203, famosa pelas faculdades de Direito e Medicina, e que é uma das mais prestigiadas universidades italianas. Em 1557 perde a independência e é integrada nas formações políticas e administrativas da Toscana.
As ruas são bem estreitas e há várias ladeiras (já que a cidade fica em uma colina). Vários edifícios estão interligados entre si por uma espécie de arco (que na verdade é uma passagem entre eles). Tudo muito medieval. Não deixem de dar uma entrada nas confeitarias de Siena. Há 2 especialidades da região: o Panforte (bolo à base de amêndoas, com aspecto que lembra um pé-de-moleque, só que macio) e o Zuccotto (bolo recheado de creme, avelãs, amêndoas e chocolate).