Entre os vários passeios nos arredores de Lisboa, um dos mais agradáveis é conhecer a histórica Vila de Sintra, uma cidade que para muitos é como um conto de fadas, repleta de parques, jardins, castelos e palácios, cuja paisagem natural é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO. Famoso pela inconfundível silhueta das suas enormes chaminés, converteu-se num dos símbolos mais conhecidos da vila de Sintra. A sua estrutura primitiva provém da ocupação árabe. Devido à sua localização, agradável e próxima de Lisboa, o Palácio foi, desde a Idade Média, uma das residências favoritas dos monarcas portugueses. Por este motivo esteve intimamente ligado a muitos feitos relevantes da História de Portugal.
Os terraços do castelo oferecem uma vista panorâmica incrível da região de Sintra. Lá do alto é possível até ver o mar, a alguns quilômetros de distância. A visita segue um caminho pré-determinado que passa por diversos terraços do palácio e também boa parte dos seus ambientes internos, incluindo pátios, salões, quartos e até uma grande cozinha. Os cômodos no interior do palácio preservam muitos do aspecto original, com móveis e objetos de decoração, para mostrar como era o estilo de vida da corte portuguesa antigamente. Em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das Sete maravilhas de Portugal.
Se um local que me impressionou em Portugal, foi esse aqui, o Palácio da Pena. Todos os cômodos estão decorados, mas à época de nossa visita era proibido tirarmos fotos (mas comprei um DVD). O Palácio da Pena. ou «Castelo da Pena» como na gíria popular é mais conhecido, constitui o mais completo e notável exemplar da arquitetura portuguesa do Romantismo. Está situado num dos cumes fragosos da Serra de Sintra e integra-se de modo inesperadamente feliz no seu tecido natural de verdura e penedia, atestando as potencialidades estéticas do projeto. O Palácio remonta a 1839, quando o rei consorte D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha (1816-1885) adquiriu as ruínas do Mosteiro Jerónimo de Nossa Senhora da Pena e iniciou a sua adaptação a palacete, segundo a sua apurada sensibilidade de romântico.
Fantasiosa em extremo, a fábrica arquitetônica da Pena colhe nos «motivos» mouriscos, góticos e manuelinos da arte portuguesa muito da sua inspiração, bem como no espírito Wagneriano dos Castelos Schinkel do Centro da Europa. Nota-se que, do anterior convento do século XVI foram preservados o claustro manuelino e na capela um célebre retábulo renascentista do escultor Nicolau Chanterene. Quase todo o Palácio assenta em enormes rochedos, e a mistura de estilos que ostenta (neogótico, neomanuelino, neo-islâmico, neo-renascentista, com outras sugestões artísticas como a indiana) é verdadeiramente intencional, na medida em que a mentalidade romântica do século XIX dedicava um fascínio invulgar ao exotismo.
Para veraneio
O grande empreendimento artístico deste século em Sintra é sem dúvida o Palácio da Pena, obra marcante do romantismo português, iniciativa do rei-consorte D. Fernando II, marido da rainha D. Maria II (1834-1853), um alemão da casa de Saxe-Cobourg-Gotha. O Palácio, construído sobre o que restava do velho mosteiro Jerônimo do século XVI — mas conservando-lhe partes fundamentais (a igreja, o claustro, algumas dependências) — é de uma arquitetura eclética única que não teve continuidade na arte portuguesa. Projeto do barão de Eschwege e do próprio D. Fernando II, substitui-se ao Palácio da Vila enquanto estância de veraneio da Corte, alternando, no final do século, com outro núcleo regional do veraneio régio: Cascais. Depois de Sintra, nos meses de Setembro e Outubro é em Cascais que a corte de D. Luís I (1861-1889) e de D. Carlos I (1889-1908) termina o veraneio.
Vila de Sintra
A Vila de Sintra está localizada a apenas 28 km da região central de Lisboa, um trajeto que pode ser feito de carro em cerca de meia hora seguindo pela autoestrada A37, um caminho bem sinalizado e fácil de ser percorrido. A maneira mais comum e econômica de visitar a cidade é pegando um trem, lá chamado de “comboio”, da linha de Sintra. Ele parte de duas estações em Lisboa: a Estação do Oriente, próxima ao Parque das Nações, e a Estação do Rossio, que fica na região central da cidade e está localizada entre a Praça dos Restauradores e a Praça do Rossio. A parada final desta linha é a Estação Sintra, que fica a menos de 1 km do vilarejo histórico. A viagem de trem mais caminhada até a vila leva em torno de 40 a 50 minutos. A passagem utilizando o cartão de transporte “Viva Viagem” custa apenas 2,15 euros.
Conhecer o Parques de Sintra é encantar-se!É simplesmente incrível imaginar-se vivendo num lugar daquele, assim como, imaginar como foi possível construir palácios tão suntuosos a tamanha altitude em meio a uma magnífica floresta que também parece ser encantada, com tanta diversidade da fauna e flora onde os cheiros se confundem ao se caminhar por entre as árvores, onde de olhos fechados podemos sonhar com príncipes e princesas.
Saiba que as origens de Sintra se remontam em tempos pré-históricos, na zona se encontraram importantes restos pertencentes ao Neolítico Final. Do século II a.C. no século VI o território esteve ocupado pelos romanos. Já no ano de 30 a.C. Sintra gozava do estatuto do Município Romano. Também se estabeleceram aqui os Suevos e os Godos. Durante a época da dominação árabe a população vive uma época de esplendor graças a sua influência como um dos principais centros abastecedores e de apoio defensivo de Lisboa. No ano de 1147 D. Afonso Enriques conquista a população e no ano de 1154 lhe concede a Carta Foral. Durante a Idade Média, sobre os restos do Palácio árabe construiu-se um Palácio Real que serviu como residência de descanso e veraneio da monarquia. A partir deste momento Sintra adquire uma nova dinâmica, por isso no ano de 1514 se lhe concede o novo Foral.
Castelo do Mouros
Construído pelos mouros no século VIII ou IX D.C., este Castelo está implantado em dois cumes da Serra, de onde se desfruta generoso panorama. Circundado de muralhas e diversas torres, sofreu diversas reparações em especial no período romântico (cerca de 1860), quando o rei consorte D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha, o restaurou, arborizou os espaços envolventes e conferiu às velhas ruínas medievais uma outra dignidade.
O silêncio, cortado apenas pelo vento quando passa pelas aberturas das paredes; a linda vista de Sintra e arredores a partir de suas muralhas; a pequena igreja construída quando D. Afonso Henriques já era soberano, assim como o “túmulo” que guarda ossadas exumadas durante as obras: tudo é fantástico.
O Castelo de Sintra, popularmente conhecido como Castelo dos Mouros, localiza-se na vila de Sintra, freguesia de São Pedro de Penaferrim, concelho de Sintra, no distrito de Lisboa, em Portugal. Erguido sobre um maciço rochoso, isolado num dos cumes da serra de Sintra, na Estremadura, do alto das suas muralhas descortina-se uma vista privilegiada de toda a sua envolvência rural que se estende até ao oceano Atlântico. A muralha apresenta cinco torres: quatro de planta retangular e uma de planta circular encimadas por merlões piramidais, já sem vestígio dos dois pisos e do sistema de cobertura primitivos. A torre na cota mais elevada do terreno, conhecida também por Torre Real, é acedida através de uma escadaria de 500 degraus. No período islâmico constituiu-se na alcáçova. No período cristão consta que lá terá vivido Bernardim Ribeiro, escritor português do século XVI
No Castelo dos Mouros há algo de mágico no ar. Na verdade, não se trata mais de um castelo, restam apenas destroços e as muralhas com suas bandeiras com os símbolos antigos que colorem e tremulam ao vento numa dança sem fim. Este local era na verdade um ponto de vigília e defesa de Lisboa. Ficar sentado nas muralhas tendo aos pés o verde intenso e profundo da floresta de Sintra, e ao fundo, na linha do horizonte, o azul escuro do mar, é deslumbrante e dá uma paz inexplicável que invade todo seu ser.
Mais do que em qualquer outro ponto de Lisboa, a máxima para Sintra é a mesma de parques temáticos de Orlando: vá com sapatos MUITO confortáveis. Você vai andar bastante e precisará aguentar firme. Sabe a história da sua mãe de “leve uma blusinha que vai esfriar”? Em Sintra todas as mães do universo podem abrir um sorriso infinito porque estarão certas. É uma serra, afinal. Ao entardecer, a temperatura começa a cair.