O Château de Brissac é uma nobre castelo na região de Brissac-Quincé , no departamento de Maine-et-Loire , França . Foi originalmente construído como uma fortaleza no século XI. Passou por vários proprietários até ser comprado, em 1435, por Pierre de Brézé, rico ministro de Carlos VII, que em 1445 transformou a fortaleza num castelo de luxo. Quando Brézé morreu seu filho, Jacques, herdou a propriedade que abandonou para sempre após surpreender sua mulher em flagrante de adultério, e assassiná-la. Durante o reinado de Francisco I (1515/1547) a propriedade foi adquirida por René de Cossé, que adotou o nome de Brissac. O castelo sofreu com o tempo e com as inúmeras batalhas travadas em seu interior ou em seu entorno.
Em 1611, quando o chefe da família foi elevado a Duque de Brissac, ele encarregou o arquiteto Jacques Corbineau de restaurar o castelo: eis Brissac como é até hoje. É o castelo mais alto da França, com sete andares, duzentas salas e com a fachada influenciada pelo estilo barroco. Até 1792, o castelo permaneceu na mão dos Brissac. Nessa data o edifício foi requisitado como acampamento para o exército revolucionário da Vendéia, os “Bleus”. Ao ser devolvido para a família seu estado era lamentável e somente em 1844 um programa de restauração planejado pelos Brissac, muito rigoroso, mas seguido religiosamente, voltou a lhe dar o esplendor de seu auge.
Com os seus sete andares, o Chateau Brissac é o castelo mais alto da França. Fica localizado no Vale de Loire, a apenas 2 horas de trem de Paris. Ele está aberto para visitação, eventos e até mesmo para hospedagem: o pernoite custa 390 euros, com direito a café da manhã. O seu interior, belíssimo, incluí até um teatro luxuoso (Belle Epoque de 200 lugares dedicado à ópera) que é o palco do Festival Anual de Música do Vale do Loire. Apesar de sua beleza, ele está “incompleto”: O Duque de Brissac morreu antes que a reconstrução fosse terminada, assim o castelo possui diversos estilos: uma parte mais antiga e outra parte reformulada.
A ala principal, entre as duas torres do antigo castelo, é formada por um pavilhão alto, em um estilo semelhante ao de Cheverny, acrescido de alguns elementos italianos. Nos cinco andares erguidos, ele reúne as cinco ordens clássicas de pilares, as bossagens, os frontões e os nichos das estátuas. O pavilhão central é formado por quatro níveis e interrompe-se incompleto, atrás da antiga torre sudeste. A ala norte, em esquadro, mais austera e mais ao estilo do século XVII, é fortificada por um pavilhão quadrado. Aos pés do castelo, do lado do pátio, corre o regato Aubance nos prados do vale.
A decoração é encantadora, com tapeçarias e teto dourado. Destaque para o Grande Salão e seus retratos de família, a salle à manger e seu impressionante conjunto de mesa e, claro, o quarto que o rei Luís XIII usou durante sua visita em 1620.
O castelo Brissac foi cenário de alguns programas de TV, em especial da série Iron Chef, mas a maior curiosidade para os turistas brasileiros é saber que esse é o famoso CASTELO DE CARAS! Isso mesmo, ele foi utilizado pela revista de fofocas, que levou para lá muitas celebridades nacionais.
Fantasmas de Brissac
A história de assombração deste castelo é bastante peculiar. O nobre que vivia ali no século XI, Jacque, não tinha um casamento muito feliz com sua esposa Charlotte. Ela acabou cedendo aos encantos de um jovem amante. Ongelukkig, ela não era nem um pouco discreta e o marido conseguia escutar os gemidos dos amantes que se encontravam no quarto ao lado do seu. Este som o mantinha acordado noite após noite. Um dia, o nobre deu uma basta na situação e deu um sumiço no casal. Mas nem assim o marido teve paz: até hoje dizem que é possível escutar os amantes apaixonados e suas tórridas sessões de amor.
Em outra versão da lenda, menos bonitinha, conta-se que Charlotte era filha ilegítima do Rei anterior, e ela era querida por seu meio-irmão, o Rei Luis XI. Quando se espalhou a notícia de que o nobre Jacque teria matado sua meia irmã (e seu amante), o rei jurou vingança. Mandou prender o assassino e jogou-o na prisão por vários anos. Após uma longa briga envolvendo tribunais, famílias nobres e sucessores da coroa, Jacque recuperou tudo que tinha perdido: a liberdade, o título de nobreza e o castelo. Segundo o testemunho de vários descendentes que viveram no castelo, Jacque recuperou também a companhia da sua esposa, mas agora na forma de uma assustadora aparição fantasmagórica, que assombra o castelo até hoje com seu vestido verde e rosto desfigurado. Ela se foi apelidada de Dame Verte, ou Dama de Verde, e pode ser vista vagando pelo Castelo Brissac. Nessa versão, também é possível escutar os seus gemidos, especialmente pela manhã.
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