Em Giverny (50 minutos de trem de Paris) encontra-se a casa onde morou Monet de 1883 à 1926. Um passeio maravilhoso sobretudo na primavera. Além da visita da casa do pintor e a sua coleção de estampas japonesas, o objetivo mesmo deste passeio é a visita dos jardins de Monet. Eles representam ao vivo os quadros do mestre do impressionismo. Imperdível.
A casa e os jardins estão abertos diariamente entre o início de abril e o fim de outubro; do início de novembro ao fim de março, estão fechados. A visita é mais bonita em maio, no auge da primavera, mas o passeio vale a pena durante toda a temporada de funcionamento.
O diferencial desse jardim é que ele é totalmente livre, desenhado conforme a natureza quer, com muita grandiosidade, traços livres e soltos como o estilo das obras de Claude Monet. Com tudo isso, era naquele local que o artista se inspirava junto aos amigos de renome, como Sisley, Cézanne, Pissarro, Manet e Renoir, que pintavam suas obras impressionistas ali mesmo, ao ar livre
A casa é uma graça e, assim como os jardins, tem o seu momento grandioso e seus tesouros sutis. O grande “uau” se dá quando você entra no ateliê do pintor, de pé direito alto e janelas generosas, que deixam a luz banhar o ambiente; espalhadas displicentemente pelas paredes estão reproduções de obras-primas de Monet, algumas delas retratando os jardins que você está lá para visitar. Já o equivalente às florzinhas delicadas do jardim são as gravuras japonesas da coleção de Monet, que ocupam as paredes dos corredores e dos cômodos do andar superior. É como se fosse um jardim de gravuras.
Ao redor do mundo existem vários locais que podem ser classificados como a altivez da beleza. O sonho dos turistas, de maneira geral, é poder encontrar esses lugares e ter o prazer de visitá-los. Se você também compartilha desse sonho não pode deixar de conhecer Giverny em Alta Normandia na França, um verdadeiro charme que encanta quem realmente no fundo âmago se delicia com a arte.
A casa e os jardins de Claude Monet
Apaixonado tanto pela pintura quanto pela jardinagem, Monet concebeu sua casa como uma verdadeira obra prima. Aqueles que visitam sua casa e seu jardim sentem a atmosfera que reinava na época em que o mestre e sua família viviam ali e todos ficam maravilhados diante do lago e dos nenúfares que foram a sua mais fecunda fonte de inspiração. Monet sempre foi fascinado pelo jogo de luzes e pelos reflexos das nuvens sobre a água. Ele providenciou a construção de uma « ponte japonesa » pintada de verde para se desvincular da cor vermelha tradicional do Japão. A atmosfera oriental é percebida na escolha dos vegetais como o bambu e o gingko biloba que cercam seu maravilhoso lago. Em 1857 ele começou a pintar os nenúfares procurando restituir a superfície do céu na qual flutuam manchas de cores, levando assim sua pintura aos limites da arte abstrata.
Das centenas de turistas que visitam Giverny todos os dias, nem todos são fãs das artes – não há quadros originais do pintor expostos em seu estúdio nem na casa de dois andares, mas podem- se ver os 32 blocos de xilogravura japoneses da coleção do artista. A maioria dos visitantes vem aqui para ver as ninféias e tirar foto ao lado delas – os turistas estão sempre se esbarrando em Giverny. Vale dizer que o jardim é uma obra de arte; os lagos das ninféias, os chorões e as pontes japonesas estão intactos; e a charmosa casa, a Fondation Claude Monet, também é especial.
Considerando a geografia local e a obra paisagística, a propriedade pode ser dividida em duas partes. A primeira chamada Le Clos Normand e a outra Le Jardin D´eau. Le Clos Normand, primeiro pedaço de terra comprado por Monet possui 1 hectare, e um jardim feito de perspectivas, simetrias e cores. Nesse terreno, ele plantou flores perenes de tamanhos variados criando uma agradável sensação de volume, árvores frutíferas e ornamentais dominando o campo de visão.
O Jardim Aquático (Le Jardin D´eau), diferentemente do Clos Normand é cheio de curvas e elementos assimétricos, inspirado nos jardins japoneses que o pintor conhecia através de quadros da sua coleção. Nesse jardim podemos encontrar a famosa ponte japonesa e as ninpheas, tão elegantemente retratadas em suas pinturas. Com esse pano de fundo, Monet pode se inspirar por mais de vinte anos, dedicando-se a retratar sua natureza repleta de cores, reflexos, transparências e formas.
Várias flores foram misturadas neste terreno, em especial as margaridas e papoulas. O corredor central é coberto por arcos de ferro com rosas pendentes. Suas plantas foram escolhidas pela tonalidade de suas cores e deixadas crescer livremente pelo terreno, sem preocupação com as podas.
Planejando sua visita
Para visitar os jardins de Monet em Giverny, separe um dia enquanto estiver visitando Paris. Fazer um bate e volta de Paris é bem possível a não ser que você queira emendar com outros destinos próximos como Rouen (onde Monet pintou a Catedral).
Passo a Passo para ir de Paris a Giverny de Trem
O trem sai da Gare St Lazare em Paris e a estação para ir para Giverny é Vernon. O destino final do trem normalmente é Rouen. Os trens são os da Intercites e custam em torno de 14.30 euros cada.
Quando descer em Vernon, siga as placas que indicam o shuttle bus para Giverny. O shuttle custa 8 euros ida e volta e sai a cada 15 minutos depois da chegada do trem em Vernon.
No término da visita, aproveite para conhecer o vilarejo e a bela loja-livraria, antigo Ateliê das Ninfeias com uma área de 300 m2, que oferece uma vasta escolha de produtos baseados nas obras do artista impressionista: cartões postais, cartazes, chás, livros, louça oficial de Claude Monet, ou ainda, sementes de flores e plantas.