Inclua Dresden no seu roteiro pela Alemanha

Nas margens do majestoso Rio Elba, perto da fronteira da Alemanha com a República Tcheca, fica a belíssima cidade alemã Dresden. É a capital do Estado Livre da Saxônia . Graças aos aos reis da Saxônia, a cidade de Dresden tem uma das histórias mais pomposas da Alemanha.

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Andando pela cidade velha você vai notar que Dresden é rodeada por edifícios barrocos super ornamentados. O apogeu cultural de Dresden foi no século 18, sob o reinado de Augusto – o Forte (August der Starke) e seu filho Augusto III quando a capital saxã (era) é conhecida como a “Florença do norte”. É impressionante o tamanho e beleza das construções. O Zwinger Palace é a maior prova desta belíssima arquitetura.

 

Dresden é um espetáculo! Conhecida como a “Florença do Elba”, apelido dado pelo famoso filósofo e crítico do século XVIII, Johann Gottfried von Herder, que ficou maravilhado com a beleza da cidade. A razão é óbvia: os muitos magníficos prédios barrocos, as maravilhosas obras de arte nos museus e sua fantástica localização no rio Elba, tornam inevitável a comparação com sua colega italiana. Dresden é sem dúvida, inesquecível.

Theaterplatz de Dresden

O Theaterplatz de Dresden é uma bela praça emoldurada por alguns dos marcos mais importantes da cidade, como o Palácio Zwinger, a Hofkirche e a Ópera Semper. A Semperoper é a casa de ópera mais famosa na Alemanha, que abriga uma das orquestras mais antigas e mais conhecidas do mundo, o Sächsischen Staatskapelle.

Construído por Gottfried Semper entre 1838 e 1841, a Ópera Semper foi fechada em agosto de 1944 e foi destruída seis meses mais tarde pelos ataques aéreos dos Aliados.

A sua reconstrução durou muito tempo. Até 1985, os moradores de Dresden foram forçados a ficar sem seu edifício famoso. A reinauguração ocorreu em 13 de fevereiro de 1985, exatamente 40 anos após a sua destruição.

No centro da Theaterplatz está uma grande estátua equestre do rei Johann, que governou a Saxônia entre 1854 e 1873. A estátua de bronze, projetado por Johannes Schilling, foi erguida em 1889.

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A cidade foi destruída quase que completamente por um bombardeio no final da Segunda Guerra Mundial que matou milhares de civis. A reconstrução e restauração começou durante o período da Alemanha Oriental, e aumentou depois da Reunificação Alemã, em 1990. Alguns trabalhos de restauração ajudaram a reconstruir partes da cidade antiga e seus edifícios históricos, incluindo o lindo Hofkirche, a impressionante Sächsische (Ópera de Dresden) e a famosa Frauenkirche. Totalmente reconstruída, Dresden recuperou sua importância como um dos maiores centros culturais, educacionais, políticos e econômicos da Alemanha. Um exemplo!

Residenzschloss – Palácio Real de Dresden

O Palácio Real de Dresden depois de reconstruído passou a funcionar como o “palácio das artes e ciências” da cidade. 'n werk, que começou em 1985 buscando restaurar os aspectos renascentistas do séc. XIV, tem como objetivo transformar esse espaço em um complexo dedicado à “Dresden State Art Collections”, isto é, às coleções de arte públicas da Saxônia.

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Os sonhos megalomaníacos do príncipe Augusto, O Forte, fizeram de Dresden uma das cidades mais charmosas de toda a Alemanha. Foi ele quem mandou erguer, nos séculos 17 e 18, alguns dos monumentos mais glamorosos da arquitetura germânica, como o Zwinger, o Palácio Residenz e as igrejas de Frauenkirche e Hofkirche – que, por mais grandiosas que fossem, dificilmente o redimiriam das atrocidades que cometeu em vida. Até a condessa Anna Constantina de Cosel, com quem mantinha um caso, sofreu nas garras do amante, que a manteve encarcerada por 49 anos.

Muito do que Augusto construiu, no entanto, veio abaixo durante a II Guerra. Alguns monumentos foram reerguidos décadas depois, mas vários outros acabaram sepultados para sempre. Ainda assim, Dresden faz jus ao título de Florença do Elba, devido ao farto conjunto de belezas artísticas e naturais que ganham um brilho todo especial no verão. Nessa época, a cidade se enche de graça – e de turistas, que lotam a praia à margem direita do rio para tomar cerveja esticadões em uma espreguiçadeira, com direito a coqueiros, vôlei de praia e até telão ao ar livre.

 

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De frente para Semperoper está a Hofkirche, a catedral de Dresden que foi construída entre os anos de 1738 a 1751. Sua construção foi extremamente danificada na Segunda Guerra Mundial e só foi reconstruída na metade dos anos 1980.

Logo ao lado da Hofkirche, o Castelo de Dresden (Dresdner Residenzschloss) pode ser visto. O castelo original foi construída por volta de 1200. De 1468 até 1480, foi estendido e no meio do século 16, uma parte foi adicionada em estilo renascentista. Em 1701 um grande incêndio destruiu o castelo que foi reconstruído em estilo barroco. Outras reconstruções foram realizadas entre 1889 e 1901 mas foi em 1914 que uma reforma em estilo neo-renascentista foi realizada, modernizando o castelo com aquecimento no chão e luzes elétricas. A maior parte do castelo foi reduzido a uma concha sem teto durante o bombardeio de 1945.

Complexos de Museus em Dresden

Assim como em muitas cidades da Alemanha, Dresden se orgulha – e com muita razão – dos seus museus e acervos culturais. Para se ter ideia, o complexo Staatliche Kunstsammlungen Dresden (Dresden State Art Collections) conta com 14 diferentes museus, dos mais variados acervos de esculturas, porcelanas, jóias da coroa, vestimentas, indumentárias dos cavalos da corte e até artes plásticas e visuais podem ser encontrados lá.

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Na verdade, o atributo “mundialmente famoso” não é algo que se aplique a qualquer situação. Em Dresden, porém, ele é absolutamente adequado. Não só pelas “três grandes” atrações, Zwinger, ópera Semperoper e igreja Frauenkirche, mas também pelo Brühlsche Terrasse e pelo castelo Residenzschloss, pelos castelos Elbschlösser na encosta Loschwitzer Hang, pelo bairro Blasewitzer Villenviertel, os jardins de Hellerauer Gartenstadt e, naturalmente, os doze museus do acervo de arte Staatliche Kunstsammlungen. E ainda para a localização do centro da cidade, na margem esquerda do Elba, à beira de uma graciosa curva do rio.

Palácio Zwinger

O palácio Zwinger, em Desden, é uma obra de arte da arquitetura barroca famosa em todo o mundo. Ele foi erigido em 1709, durante o reinado de Augusto, o Forte. Diversos escultores criaram esculturas incomparáveis para embelezar a edificação que é hoje uma das principais atrações da capital da Saxônia.

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O Zwinger foi criado no ano de 1709, originalmente como uma praça cercada por construções de madeira e destinada a festas, torneios e outros certames da corte e da nobreza saxã. Entre os anos de 1710 e 1719, Matthäus Daniel Pöppelmann construiu o palácio de Zwinger em arenito, sob a regência do príncipe-eleitor Augusto, o Forte. Os pavilhões e galerias no lado da muralha serviam como estufas para laranjais e frutas cítricas.

 

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Parte do interior do Zwinger é ocupada hoje por museus. O Acervo de Porcelana de Dresden, por exemplo, é uma das mais completas coleções de porcela do mundo. Outra grande atração é o arsenal, com uma valiosa coleção de trajes e armas cerimoniais. Imperdível também é a galeria Semper, criada pelo arquiteto Gottfried Semper entre 1847 e 1854 e que hoje apresenta as mais importantes coleções de quadros do período do Renascimento até o Barroco em todo o mundo, inclusive a famosa “Madona Sistina” de Rafael.

 

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O motivo provavelmente mais fotografado no Zwinger é o “Kronentor”, o portão da coroa. A arte barroca do Zwinger é caracterizada por outras divindades da mitologia grega. Junto ao pavilhão da muralha está o “Nymphenbad” (banho das ninfas). Essa obra-prima é uma das mais belas fontes de água barrocas na Alemanha.

 

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Um dos pontos altos da viagem, o Zwinger é um dos cartões postais mais fotografados de Dresden e não é por menos. Esse palácio, em meados do século XVIII, era o endereço de grandes bailes da corte e hoje abriga ótimos museus da cidade como o museu dedicado à porcelana chinesa, o museu das armaduras e a Galeria dos Antigos Mestres Renascentistas. Um exemplo clássico do barroco europeu, o Zwinger não pode faltar no seu roteiro por Dresden.

 

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Lindos animais:. Encontramos lindos cavalos percorrendo as ruas de Dresden levando turista em seus coches. Destruída pelo bombardeio americano em fevereiro de 1945, Dresden foi em grande parte reconstruída, mas muito do tesouro cultural ficou perdido para sempre.

 

Igreja Frauenkirche

Erguida na primeira metade do século 18, em estilo barroco e formato de sino, a igreja de Nossa Senhora foi destruída pelos bombardeios americanos durante a II Guerra. Sua minuciosa reconstrução só foi concluída em 2005, com donativos vindo de todo o país. O desenho original, do arquiteto Georg Bähr (1666-1738), revela o caráter protestante da edificação, com altar, púlpito e fonte batismal ao centro e um órgão inaugurado por Sebastian Bach (1685-1750). Hoje, é considerada uma das igrejas de maior valor arquitetônico do Velho Continente e oferece uma incrível vista de Dresden do alto de sua torre. Uma estátua em bronze de Martinho Lutero sobreviveu as explosões da guerra e enfeita a praça em frente à igreja.

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A Frauenkirche (nome em homenagem a todas as mulheres santas) é uma igreja protestante e foi construída em estilo barroco entre 1726 a 1743. Seu arquiteto foi Gerorge Bahr. A igreja foi totalmente destruída na Segunda Guerra Mundial em 15 de março de 1945 e suas ruínas foram mantidas durante a época do comunismo, tornando-se um monumento às vítimas da guerra. Em 1994, iniciou-se a reconstrução e, desde 30 de outubro de 2005, a maravilhosa Frauenkirche de Dresden despontou no horizonte novamente. A reconstrução da Frauenkirche é um símbolo de reconciliação internacional impressionante após a destruição na Segunda Guerra Mundial. A consagração atraiu a atenção de todo o mundo. Milhões de pessoas já a visitaram. Emocionante.

 

A varanda da Europa

Outra imperdível atração de Dresden é a Brühlsche Terrasse, que é um conjunto arquitetônico histórico da cidade. Apelidado de “A Varanda da Europa”, o terraço se estende acima da margem do rio Elba. Foi construído por Heinrich von Brühl. Localizado ao norte da Praça Neumarkt e da Frauenkirche, é um dos lugares favoritos no centro da cidade para os habitantes locais e também turistas. Ali dá para fazer caminhadas, observar as pessoas, tomar um café ou jantar. As vistas são maravilhosas. Há vários grandes edifícios no terraço. O primeiro deles é o Landtag. Este é o edifício do Parlamento.

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Perto do terraço fica a biblioteca Secundogenitur, erguida para a segunda geração dos Brühls, atualmente um conhecido café. Outro prédio é a Kunstakademie, a academia de arte. Ela é chamada de Zitronenpresse (espremedor de limão) por causa de seu domo de vidro estriado. No terraço há várias estátuas e monumentos pelo caminho. Destaque para as obras do escultor Ernst Rietschel, do arquiteto Gottfried Semper e do pintor Caspar David Friedrich. Maravilhosas

 

Não se engane, Dresden tem um grande número de turistas, mas a maioria deles são da própria Alemanha. Quando estivemos na cidade conversamos com uma garçonete em um restaurante, ela disse que a cidade recebe muitos turistas da Rússia, Japão e da República Tcheca também.

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Construída às margens do Rio Elba e cercada pela floresta Heide, Dresden é conhecida como a Florença do Elba, devido à harmonia da sua beleza natural com a sua belíssima arquitetura. A cidade fica à margens do famoso rio Elba que acompanha Dresden por 25 km. Este rio divide a cidade na “Cidade Velha”, na margem esquerda, e a “Cidade Nova” na direita. Não faltam atrações em ambos os lados, mas, a “Cidade Velha” oferece atrações inimagináveis que surpreende seus visitantes, com construções fascinantes, parques, palácios, ruas encantadoras, igrejas e muito mais.
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A configuração da cidade, situada às margens do rio Elba, é atribuída a Augusto II e a seu filho Frederico II (1694 – 1763). Nessa época (era Augustina) foram construídos os mais importantes edifícios da cidade, como por exemplo: o Zwinger, o palácio de Taschenberg e a igreja de Nossa Senhora, além de muitos outros.

Museus

Muitos dos 30 ou mais museus de Dresden são de renome mundial. As residências do Palácio de Zwinger, a famosa Galeria dos Antigos Mestres, contendo a “Madona Sistina” (“Sixtinischen Madonna”) e a maior coleção de porcelanas do mundo. Igualmente renomada é a coleção das antigas joias da coroa, atualmente em exposição na Abóboda Verde (Grüne Gewölbe ). A arte contemporânea pode ser vista, por excelência, na Galeria dos Novos Mestres, na Associação de Arte da Nova Saxônia (Neue Sächsische Kunstverein), na universidade das finas artes, ou em qualquer uma das 60 outras galerias de arte da cidade.

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Uma linda e fascinante cidade que um dia já esteve em ruínas e hoje é uma das cidades mais visitadas da Alemanha. Não percam a oportunidade de dar uma esticadinha nessa cidade cheia de história se tiver passando pela Alemanha.

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