Évora está situada no Alentejo (sul de Portugal), a uma distancia de cerca de 130 km de Lisboa. A parte entre muralhas conserva bastantes traços dos seus tempos mais antigos, incluindo monumentos de várias épocas. O centro histórico de Évora faz parte da lista da UNESCO das cidades patrimônio mundial. Foi habitada no tempo dos romanos, tendo sido chamada Liberalitas Julia, e deste período restam inúmeros vestígios dos quais se destaca o templo romano conhecido por ”Templo de Diana”. Apesar de ser bastante turística, não perdeu o charme e nem o jeitinho do interior. As ruas calçadas de pedra, casas de fachada branquinhas e praças singelas são a marca de Évora. O Chafariz da Praça do Giraldo (foto acima) está localizado na freguesia de Santo Antão em Évora. É uma obra do arquiteto Afonso Álvares. Foi construído em 1571 em mármore branco rematado por uma coroa de bronze. Segundo a tradição as oito carrancas correspondem às oito ruas que desembocam na praça. Está classificado como Monumento Nacional. Ornamenta a famosa Praça do Giraldo, local central da Évora muralhada.
Largo Portas da Moura
Durante as invasões bárbaras, Évora esteve sobre domínio visigodo. Em 715 D.C. a cidade foi conquistada pelos mouros. Évora foi tomada aos mouros por Geraldo Sempavor em 1166 (foral concedido por D. Afonso Henriques no ano seguinte) e tornou-se durante a Idade Média uma das mais prosperas cidades do reino, principalmente durante a dinastia de Avis (1385-1580). Em 1551 foi fundada pelos Jesuítas a universidade, e por lá passaram grandes mestres do saber da época como por exemplo Clenardo e Molina. Em 1759 foi encerrada por ordem do Marques do Pombal, quando da expulsão do Jesuítas (universidade voltou a ser reaberta apenas em 1973). O século 18 marca o inicio do declínio da cidade de Évora. Testemunhando a dinâmica histórica e cultural das várias épocas, ficaram os muitos e belos monumentos realizados por diferentes artistas, que hoje podem ser admirados em todo o seu esplendor.
Templo de Diana
O templo romano de Évora faz parte do centro histórico da cidade, e foi classificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO. É um dos mais famosos marcos da cidade, e um símbolo da presença romana em território português. Localizado na freguesia da Sé e São Pedro, no Largo Conde de Vila Flor, encontra-se rodeado pela Sé de Évora, pelo Tribunal da Inquisição, pela Igreja e Convento dos Lóios, pela Biblioteca Pública de Évora e pelo Museu. Embora o templo romano de Évora seja frequentemente chamado de Templo de Diana, sabe-se que a associação com a deusa romana da caça originou-se de uma lenda criada no século XVII. Na realidade, o templo provavelmente foi construído em homenagem ao imperador Augusto, que era venerado como um deus durante e após seu reinado.
Igreja Real de São Francisco
Com o triunfo da dinastia de Avis, em 1385, com a chegada das riquezas do Oriente, Évora assume-se cada vez mais como centro político e vila cortesã. Muitos foram os reis que aqui passaram, tornando-se cidade preferida de monarcas. Aqui começaram a surgir edificações que a enobrecem.
Capela dos Ossos
A Capela dos Ossos é uma das curiosidades inserida na Igreja de São Francisco, este grande monumento, sendo um dos ex-libris da cidade de Évora. A capela foi construída nos séculos XVI e XVII, no lugar do primitivo dormitório dos frades. A sua construção partiu da iniciativa de três frades franciscanos que queriam proporcionar uma melhor reflexão acerca da brevidade da vida humana. A capela é constituída por ossadas provenientes das sepulturas da igreja do convento e de outras igrejas e cemitérios da cidade.
O Centro Histórico de Évora, formado por ruas estreitas e travessas, pátios e largos, é claramente demarcado pelas muralhas medievais, com extensão de mais de 3 km. No lado sul da antiga Cerca encontra-se a Praça do Giraldo, da qual divergem as vias principais em estrutura radial.
Basílica Sé Catedral de Nossa Senhora da Assunção
Do período barroco datam alguns retábulos de talha dourada e outros melhoramentos pontuais nas decorações suntuárias. Ainda no século XVIII a catedral foi enriquecida com a edificação da nova capela-mor, patrocinada pelo Rei D.João V, onde a exuberância dos mármores foi sabiamente conjugada com a austeridade romano-gótica do templo. Em 1930, por pedido do Arcebispo de Évora, o Papa Pio XI concedeu à Catedral o título de Basílica Menor. Vários grandes eventos religiosos estão associados a este templo. Diz-se que aqui foram benzidas as bandeiras da frota de Vasco da Gama em 1497. No cruzeiro está a capela tumular de João Mendes de Vasconcelos, emissário de D. Manuel à corte de Carlos V de Castela, na tentativa falhada de trazer de volta a Portugal Fernão de Magalhães, que então preparava em Sevilha a primeira viagem de circum-navegação do globo.
A cidade-museu de Évora tem raízes que remontam ao tempo do Império Romano. A cidade ainda conserva, em grande parte no seu núcleo central, vestígios de diversas civilizações e culturas: Celtas, Romanos, Árabes, Judeus e Cristãos influenciaram a cultura eborense. Atingiu a sua época dourada no século XV, quando se tornou residência dos reis de Portugal. A qualidade arquitetônica e artística do casario branco ou decorado com azulejos e varandas de ferro forjado, datadas dos séculos XVI a XVIII, é única. Os monumentos da cidade tiveram também profunda influência na arquitetura portuguesa no Brasil.