Veneza – Itália

Veneza é a mais enigmática cidade da Itália e umas das mais impressionantes do mundo. Nada se compara a ela. Foi construída sobre um conjunto de bancos de lama, num manguezal nas margens do mar Adriático. A cidade é constantemente atingida por fenômenos de marés que invadem as suas praças e ruas. A sua sobrevivência é contrária a todas as probabilidades. Cento e vinte ilhas, separadas por numerosos canais e interligadas por mais de 400 pontes, constituem a cidade de Veneza. Toda a vida desta cidade assenta, literalmente, sobre água e os transportes são igualmente efetuados deste modo, seja usando os vaporettos, barcos-táxi ou barcos particulares. As populares gôndolas são usadas sobretudo pelos turistas. No centro histórico, com menos de 70 mil residentes permanentes, estão situadas as funções administrativas e ligadas à poderosa indústria do turismo.

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Veneza, em vêneto Venexia, referida como “a Sereníssima”, é uma comuna da região do Veneto, que se estende por uma área que inclui as ilhas de Murano, Burano, Lido e Torcello e outras no noroeste do mar Adriático. Veneza foi construída sobre uma série de ilhas e se tornou uma das maiores potências marítimas da Idade Média, além de um importante centro de intercâmbio comercial e cultural com o Oriente. O povoamento da região data do século 6 d.C. Entre 1140 e 1160, a cidade se tornou uma república e, em 1797, foi tomada por Napoleão Bonaparte. Quase um século mais tarde, em 1866, a cidade foi anexada ao reino da Itália.

 

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O clima romântico é predominante na cidade. As gôndolas são muito charmosas, mesmo quando paradinhas, ancoradas na orla. A cidade foi um grande entreposto comercial entre o Oriente e o Ocidente durante a Idade Média. O comércio com Constantinopla, a atual Istambul fez a riqueza de Veneza e essa riqueza está visível nos palácios do Grande Canal, muitos deles transformados em hotéis e museus.

 

Sonhos & emoção

Poucas cidades são tão amadas, pouquíssimas tem tanta personalidade e menos ainda são capazes de inspirar sonhos em pessoas de lugares tantos lugares.  A cidade símbolo do romantismo continua a mesma desde a idade média. Veneza tem o poder de atrair pessoas de todos os cantos do mundo, pessoas que durante anos sonham um dia poder conhecê-la, e que, não raro ao chegar, mal conseguem conter a emoção.

 

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O ponto mais importante da cidade é a Praça de São Marcos, cercada por grandes edifícios medievais onde hoje funcionam restaurantes, joalherias e lojas de cristais de Murano, e pela Basílica de São Marcos, a Praça é o centro turístico da cidade. Foi descrita por Napoleão como a “Sala de Visitas” mais elegante da Europa.

 

Rialto

A história de Veneza está intimamente ligada à da sua arte, reproduzida nos inúmeros monumentos que dão cor aos bairros que dividem a cidade, os sestieri. Os dois núcleos principais são compostos pelo complexo arquitetônico da Piazza de San Marco, o cartão de visita da cidade, e as zonas burguesas e comerciais do Rialto.

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Aqui nos encontramos em Rialto. Canais cortados por pontes em arco, gôndolas deslizando em silêncio pelas águas, palácios medievais formam um conjunto sem igual, e transformaram este lugar num sonho, aquele que todo mundo tem: O desejo de visitar Veneza ao menos uma vez na vida.

 

Torre da Campanile

A Torre da Campanile, é a construção mais alta de Veneza. Originalmente construída para servir de orientação às embarcações que se aproximavam da cidade, ela agora é o melhor ponto de observação de Veneza. Por uma pequena taxa, pode-se pegar um elevador e subir até sua parte mais alta, onde estão aquelas janelinhas da fotografia. Não perca a chance de apreciar esta vista de tirar o fôlego. Os sinos deste campanário tocam a cada meia hora.

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A praça de São MArcos recebe milhares de visitantes todos os dias. Aí também, ficam prédios de grande importância histórica como a Torre do Campanário, a Torre dell’Orologio e o Palácio Ducale, ou Palácio dos Doges.

 

Locomoção

Esta é uma cidade pequena, na verdade uma ilha de uma lagoa – Lagoa de Veneza – a qual está separada do mar Adriático por um istmo. É um lugar para esquecermos carros e ônibus – eles não circulam em Veneza – e percorrermos tudo a pé, ou então no tradicional ônibus fluvial, o Vaporetto.

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Não é necessário estabelecer roteiros para percorrer Veneza, basta seguir em frente. Você vai passar por ruelas, atravessar estreitas pontes de pedestres, entrar em igrejas, passar por restaurantes, lojas, cruzar por centenas de turistas falando línguas que com certeza nunca ouviu antes e com certeza em determinado momento chegará ao Grande Canal que corresponde mais ou menos à principal avenida da cidade. Este canal corta Veneza ao meio, é a principal e mais larga via de trânsito na cidade, e ao longo de suas margens há ancoradouro para gôndolas, bem como para embarcações maiores.

 

Basílica de São Marcos

A igreja foi construída em forma de cruz grega e possui cinco enormes domos. É aí que ficam as relíquias de São Marcos, que transformam a basílica num lugar de peregrinação. A riqueza da igreja foi construída a partir de uma lei de 1075, que obrigava a todos os navios que retornavam a Veneza trazer um presente precioso para decorar a “Casa de São Marcos”. O teto da Basílica de São Marcos  é todo feito de mosaicos, banhados a ouro, mármores coloridos e pedras preciosas – uma verdadeira obra de arte. A Basílica foi feita em estilo bizantino e dizem que os recursos usados para decorar a igreja foram saqueados de Constantinopla. Por isso, mistura estilos decorativos do oriente e ocidente. Nessa Basílica estão os restos mortais de São Marcos e, por isso, ela é tão especial para os católicos. Uma das grandes riquezas da Basílica de São Marcos é o conjunto de mosaicos que decoram a fachada e a parte interna da igreja. São 4.240 metros quadrados de mosaicos, na sua maioria dos séculos XII e XIII.

 

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A mais importante construção de Veneza é a Basílica de São Marcos, que mistura elementos arquitetônicos do Oriente e do Ocidente, identificando-se com o passado da cidade. Dentre os tesouros existentes na Basílica, destacam-se os quatro cavalos de bronze cujos originais ficavam na fachada principal da igreja e foram trazidos de Constantinopla em 1204. Hoje ficam réplicas na fachada e os originais ficam protegidos num museu no interior da basílica.

veneza11A Piazza de San Marco, é o coração e alma de Veneza, e seu roteiro pela cidade pode incluir qualquer lugar, mas não pode deixar de passar por aqui. Nem todo turista sabe que esta praça abriga uma das cerimônias mais bonitas da cidade, por isso vale a pena acordar bem cedinho e chegar aqui antes da invasão dos turistas. Assista então à cerimônia de hasteamento da bandeira de Veneza, executada pelas tropas de Carabinieri em seus trajes típicos. Ao término da cerimônia o toque especial é dado pelas badaladas do sino da torre da Campanille, que fica bem ao lado. Este é um momento tão emocionante que chega a arrepiar.

 

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Há séculos atrás, quando Veneza era uma cidade-estado, seu dirigente máximo tinha o título de Doge. Assim também não pode faltar em seu passeio uma visita ao Palácio dos Doges, a antiga sede do governo. O prédio fica em frente à Praça de San Marcos. Seus pontos de destaque são o magnífico Átrio interno, a escadaria onde eram coroados os Doges e Câmara do Conselho, onde eram eleitos os Doges. Lá está também a Visão do Paraíso, maior tela a óleo do mundo, medindo 8 x 25 metros, e onde estão representadas 350 personalidades influentes da época. Anexo ao palácio está antiga prisão da cidade. Ligando os dois prédios está a famosa Ponte dos Suspiros. Embora seu nome tenha uma conotação romântica, a verdade é que o nome surgiu graças aos prisioneiros que eram levados do Palácio para a prisão. Conta-se que ao passar por esta ponte elas davam uma última olhada pela janelinha, viam a liberdade pela última vez, e suspiravam de tristeza.

 

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Durante o carnaval as ruas da cidade são tomadas por centenas de mascarados e luxuosas fantasias, quase todas ornamentadas com as máscaras enigmáticas que já se tornaram uma das marcas registradas dessa cidade. A outra grande festa de Veneza é quando acontece a Procissão do Grande Canal, realizada com a participação de gôndolas e embarcações maiores, ornamentadas com todas as cores e tripuladas por marinheiros vestindo as tradicionais roupas históricas da Veneza antiga.

Palazzo Ducale

Fundado no séc. IX, era a residência oficial dos governadores de Veneza (os doges). Uma obra-prima gótica, em que as massas arquiteturais foram invertidas: os grandes volumes do palácio, em mármore-rosa, estão colocados em cima de loggias e arcadas em pedra branca istriana de tratamento refinado.

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Às margens do Grande Canal há uma infinidade de palacetes dos séculos 17 e 18 que contam com detalhes toda a história de luxos e extravagâncias desta cidade.

 

 

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Dos muitos monumentos e locais turísticos, além da Basílica de São Marcos, na Praça de São Marcos, a Ponte de Rialto (foto) sobre o Grande Canal construída em 1588 e a Ca’ d’Oro chamam atenção, além de muitas igrejas e museus. As gôndolas deslizam sobre os canais com o turistas.

 

Murano

Veneza incentivara a produção do vidro pela sua importância em suas relações comerciais com o oriente. Para melhor controlar esta atividade transfere para a ilha de Murano, a 700 metros de Veneza, as 45 famílias vidreiras, inscritas no Livro de Ouro de Murano, que passaram a ter regalias da nobreza, conforto e inclusive o direito de cunhar suas próprias moedas de ouro e prata. Entre estas encontramos a família Seguso, que até hoje, ininterruptamente, continua relacionada ao mundo do vidro.

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Em 1291 todos os cristaleiros de Veneza foram obrigados a mudar-se a Murano devido ao risco de incêndio, porque a maioria dos edifícios de Veneza era construída em madeira. Por volta de 1400 a ilha ganhou fama pelas missangas de cristal e dos espelhos. O cristal aventurine foi inventado na ilha e, durante algum tempo, Murano chegou a ser o maior produtor de cristal e lustres da Europa. Sua arquitetura medieval é pura poesia.

 

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As gôndolas são o transporte mais comum na cidade, e estes “estacionamentos” estão em toda parte. O passeio de gôndola pelos canais de Veneza já é uma obrigação para quem visitar a cidade, mas é importante acertar primeiro com o gondoleiro um desconto, já que o custo do passeio de uma hora pode às vezes ser extorsivo.

 

Ande bastante para conhecer

Saia sem destino e perca-se por aquelas estreitas ruazinhas que a gente nunca sabe exatamente aonde vão levar. Só assim pode-se sentir toda a beleza infinita deste lugar. Esta pérola da região do Vêneto tem cerca de 270 mil habitantes e recebe cerca 12 milhões de turistas por ano!

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A cidade é cortada por pequenos canais e ruelas e através deles se pode chegar a qualquer ponto. Somente três pontes cruzam o Grande Canal, a Ponte Degli Scalzi, a famosa Ponte di Rialto e a Ponte de l’Accademia.

 

Palazzos

Ao longo da principal artéria da cidade, o Grande Canal, poderá admirar alguns dos palazzos mais famosos, como o Ca’ Vendramin-Calergi (datado de 1500), Ca’ d’Oro (1420), Ca’ Foscari (séc. XV), Mocenigo (séc. XVI), ou Dario (1487). Muitos destes palácios históricos albergam importantes museus, como o Museo Correr, na Piazza de San Marcos, que alberga uma riquíssima pinacoteca e o Museu Arqueológico; tem ainda o Ca’ Rezzonico, um museu que retrata a Veneza de 1700; o Ca’ d’Oro, com a famosa colecção Franchetti; ou o Museu de Arte Moderna em Ca’ Pesaro.

 

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Alguns passeios de 30 minutos de gôndolas chegam a custar 100 euros. No entanto, em uma gôndola, cabem de quatro a cinco pessoas, portanto se você estiver num grupo maior, o preço não fica tão salgado. Caso você tenha habilidades de negociação, não perca a oportunidade de tentar baixar o preço.

 

Ahhhh Veneza!!!!

Veneza tem duas grandes festas anuais, que ocorrem durante o Carnaval e no dia da Procissão da Cidade, esta última sempre no primeiro domingo de setembro. São as ocasiões mais bonitas para se visitar a cidade, embora como todo mundo pense a mesma coisa, ela fique incrivelmente cheia de turistas nestas datas. Veneza é famosa pelos seus certames internacionais, como o Festival de Cinema e a Bienal de Artes, pelo carnaval veneziano e suas máscaras, pelos passeios românticos de gondola e também pelas peças de cristal de Murano, únicas no mundo.

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Veneza está rodeada de lagoas de pouco profundidade, e isso valeu-lhe sempre como excelente defesa. Nas suas águas encalhavam facilmente os navios que não conheciam os fundos. Era também uma cidade entrincheirada protegida por grandes muralhas. As “muralhas” de Veneza são os perigosos bancos de areia que ficam quase a descoberto na baixa-mar. Para chegar a Veneza vindo do mar Adriático, é preciso conhecer as passagens, que em tempos de paz eram assinaladas com fileiras de estacas com luzes à noite.

Veja aqui mais fotos de Veneza: 

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