Mesquita de ABU DHABI

Indescritível quando visualizamos pela primeira vez, ao vivo, a Grande Mesquita Sheikh Zayed. Embora seja um templo religioso, a Grande Mesquita parece ter como proposta principal a ostentação do poder econômico do emirado. Enorme, rica, cheia de detalhes, sempre lotada de turistas. A religião predominante nos Emirados Árabes é o islamismo e o local onde os muçulmanos praticam suas orações é chamado de mesquita. Aqui no Brasil não estamos acostumados a encontrar mesquitas, pois existem pouquíssimas, mas no mundo árabe elas são encontradas com frequência, sendo facilmente reconhecidas por causa de seus minaretes.

Toda construída em mármore branco, a principal mesquita de Abu Dhabi parece ainda mais clara, e mais impressionante, sob o efeito do sol forte da capital dos Emirados Árabes Unidos. A Sheikh Zayed Grand Mosque ocupa uma área de 22.412 m² e tem capacidade para 40 mil fiéis, mas já recebeu até 52 mil pessoas em um único dia, que ocuparam também sua parte externa, cercada por jardins e espelhos d’água. A mesquita de Abu Dhabi tem quatro miranetes (torres) e 82 domos. Dizem os entendidos que o prestigio de uma mesquita é medido , entre outras coisas,  pela quantidade de miranetes que tem.  Para se ter uma ideia, a famosa Blue Mosques de Instambul tem seis .

Para entrar no local há regras de vestuário que devem ser obedecidas e uma placa bem grande junto ao portal principal mostra o que o visitante pode e o que não pode vestir. Mulheres não podem entrar com braços e pernas à mostra e devem cobrir a cabeça. No local são oferecidos tecidos e vestimentas de forma gratuita para que não estiver com as roupas adequadas. Para os homens não é permitido bermudas muito curtas, acimado joelho, nem camisetas regata.

A Sheikh Zayed Grand Mosque está localizada na entrada da cidade de Abu Dhabi, entre a rodovia E22 e a 30th Street, a 15 km do centro da cidade e a 140 km de Dubai. A mesquita tem esse nome em homenagem ao falecido Sheikh Zayed bin Sultan Al Nahyan, ex-presidente dos Emirados Árabes, considerado um líder e o responsável pelo crescimento e desenvolvimento do país. Ele também dá nome a outros locais importantes, como a Sheikh Zayed Road, a principal rodovia de Dubai.

O edifício, que pode ser visto de longe, de várias partes da cidade, foi construído entre 1996 e 2007 a pedido do xeique Zayed bin Sultan Al Nahyan (1918-2004), tido como o fundador do país, que governou os Emirados até sua morte, em 2004. Zayed não economizou recursos para criar o local onde seria enterrado. Materiais nobres como mármore da Macedônia, ouro de 24 quilates e cristais de Murano podem ser vistos por toda parte. Os mosaicos florais, que quebram o branco do solo e das colunas, foram feitos por artesãos italianos. O tapete persa, considerado o maior do mundo, foi confeccionado durante um ano por 1.200 mulheres iranianas.

É impossível não ficar impressionado com a beleza da mesquita Sheikh Zayed. Do portão de entrada ao topo dos minaretes, tudo foi construído com capricho nos mínimos detalhes.

As paredes e o teto têm versos do Corão escritos em três tipos de caligrafia arábica por artistas de vários lugares do mundo, supervisionados por calígrafos dos Emirados, da Síria e da Jordânia. O pátio tem mais de mil colunas, adornadas por mosaicos coloridos e arrematadas por detalhes dourados no topo. Os superlativos se estendem ao valor gasto na construção: o equivalente a R$ 1,5 bilhão.

Outra exigência para entrar na Mesquita de Abu Dhabi é tirar os sapatos. Há prateleiras do lado de fora para guardar sapatos e tenis. E naquele calor é simplesmente uma delícia pisar naquele tapete persa gigantesco e fresquinho!

A mesquita tem capacidade para mais de 40 mil pessoas e conta com quatro minaretes com 107 metros de altura cada, oitenta e dois domos , três salas de orações, sendo uma exclusiva para mulheres, e uma biblioteca. O estacionamento tem capacidade para milhares de veículos e a entrada é gratuita. Uma verdadeira joia da arquitetura islâmica influenciada por diversas correntes arquitetônicas do mundo árabe, Esta é a Sheikh Zayed Grand Mosque de Abu Dhabi, sem dúvida uma das construções mais impressionantes e surpreendentes que visitamos nos Emirados Árabes Unidos.

A mesquita foi inaugurada em 2006 e não foi economizado um centavo nos detalhes. Lá, está o maior lustre dentro de uma mesquita, com 82 domos, e o maior tapete feito à mão do mundo.

Apesar de aberta aos costumes ocidentais e acostumada à presença de estrangeiros, Abu Dhabi é uma cidade predominantemente muçulmana, onde o Islã é, mais do que uma religião, uma forma de vida, que dita o que vestir, o que comer e como se comportar. Em geral os turistas estrangeiros não precisam fazer muitas adaptações na rotina enquanto estão lá, mas vale se informar e ficar atento a alguns detalhes para manter o respeito aos costumes locais e não vivenciar problemas.

A visita guiada à Sheikh Zayed Grand Mosque tem duração de 45 minutos e é aberta a todos os turistas. Os tours acontecem em inglês ou em árabe e para integrar um grupo basta chegar com 15 minutos de antecedência. Horário das visitas guiadas: de domingo a quinta, às 10h, 11h e 17h; sextas, às 17h e 19h; sábados, às 10h, 11h, 14h, 17h e 19h. A entrada na Sheikh Zayed Grand Mosque é gratuita.

A aparência exageradamente branca por fora, quebrada apenas pelos mosaicos florais em parte do chão e das mais de mil colunas do pátio (decoradas também com detalhes folheados a ouro), contrasta com o interior super colorido, do tapete aos muitos cristais. O tapete persa que forra a parte principal é considerado o maior do mundo e, reza a lenda, teria sido confeccionado ao longo de todo um ano no Irã por mais de 1200 artesãs. A caligrafia árabe ilustra paredes e parte do teto com versos do Alcorão.

A gloriosa mesquita de Sheikh Zayed bin Sultan Al Nahyan, em Abu Dhabi, tem quatro minaretes de mais de 100 metros de altura, 82 cúpulas de mármore, o maior tapete persa do mundo (de 5627 metros quadrados) e 17 mil metros quadrados de piso de mármore com magníficas pinturas florais. Trinta tipos de mármore de primeiríssima linha, trazidos de várias partes do mundo, foram usados na construção. As 96 colunas internas são forradas em madrepérola e o lustre principal, de 15 metros de altura, é cravejado de cristais Swarovski. A parede tem escrituras iluminadas em fibra ótica.

Dica:
Para ir de ônibus até Abu Dhabi saindo de Dubai , saia da rodoviária de Al Ghubaiba (acessado pela estação de metrô de mesmo nome, número 24 da linha verde, em Dubai) pelo ônibus da linha E100 ou do terminal rodoviário Ibn Battuta (acessado pela estação de metrô de mesmo nome, número 39 da linha vermelha, em Dubai) pelo ônibus da linha E101. O custo da passagem é de cerca de 30 dirhams. Se essa for sua escolha, compre com antecedência (no aeroporto ou nas rodoviárias) o NOL – cartão integrado do transporte público. Dinheiro: Dirham (AED). Para ter uma estimativa da cotação atualizada acesse o conversor monetário oficial do Banco Central do Brasil. Já viaje com dólares norte-americanos ou euros. As casas de câmbio dos Emirados Árabes Unidos não aceitam reais brasileiros para trocas.

Toda a mesquita foi construída principalmente com mármore da Itália e com outros materiais vindos de várias partes do mundo.

Apesar de a mesquita estar repleta de turistas, o silêncio predomina pelos seus corredores, mostrando o total respeito que existe entre os visitantes. Para aqueles que gostam de fotos e filmes, não tem do que se preocupar, pois é permitido fotografar e filmar em praticamente todos os cantos da mesquita sem nenhuma restrição, claro, se isso for para uso pessoal.

Quem tiver interesse em fazer um tour com um guia da mesquita, é possível fazer um agendamento pelo site e assim entender mais a fundo a história e costumes dessa religião em um belo cenário que é a Sheikh Zayed. Continuamos andando pela mesquita até uma área onde só é permitido mulheres. Na religião muçulmana homens e mulheres rezam em espaços diferentes e os homens não podem acessar o espaço reservado para as mulheres.

 

Em uma parede mais ao fundo no interior da mesquita  estão várias placas com diferentes formas de se escrever o nome de Alá em árabe. Mas o que mais  chama a atenção é  uma dessas placas bem no meio que não tem nada escrito. Eles dizem que essa placa é reservada para uma forma que o homem nunca saberá como chamar Alá, que só o próprio saberia, por isso a placa está em branco.

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