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Perugia foi um antiquíssimo centro umbro conhecida como Peroscia, logo depois cidade da dodecapolis etrusca com o nome de Perusia (no 310 a.C era considerada uma das cidades etruscas mais importantes) e então centro romano em consequência da derrota dos etruscos e a aliança com Roma. De origem etrusca e situada no coração da Itália, Perugia é a cidade mais importante da Umbria. Situada numa posição elevada do Vale do Tibre, era chamada na antiguidade de Perusia e foi a cidade mais importante da Etrúria.
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A fonte montada no centro da praça, foi construído com pedra de Assis. É composta por duas bacias de mármore concêntricos poligonais encimadas por um copo de bronze (pelo fundador da Perugia Red Padellaio) adornada por um grupo de bronze de ninfas da qual a água flui. A fonte tem baixo-relevo decoração centrada em 50 e 24 estátuas com que Nicola Pisano e seu jovem filho John decoravam as duas bacias concêntricos poligonais. Na parte inferior da bacia são representados meses do ano com os signos do zodíaco e cenas da cultura agrária e feudal tradicional, as artes liberais e personagens da Bíblia e história romana.
Tendo que vencer os declives do terreno, a cidade se expandiu em forma estrelar, com os históricos bairros de Porta Sole, Porta Sant’Angelo, Porta Eburnea, Porta Santa Susanna e Porta San Pietro , cada um caracterizado por uma ampla rua central e por numerosas ruas tortuosas e estreitas laterais. O centro velho de Perugia gira em torno de Corso Vannucci, cujo nome homenageia o pintor local Pietro Vannucci (Perugino). Aqui desponta a mais monumental construção da Úmbria, a antiga prefeitura e atual Palazzo dei Priori.
Perugia é muito antiga, mas muito bonita!! A cidade fica no morro! é um sobe e desce danado! Mas o mais legal é que tem escadas rolantes que saem da rodoviária (que fica na parte mais baixa da cidade) e sobem até a parte mais alta do centro histórico – muito legal essa ideia!!E é cheia de vielas… milhões de vielas!! Da pra se perder no labirinto de vielas!
Estacionamento é difícil no Centro Histórico. Você pode estacionar no parque de estacionamento subterrâneo na Piazzale Partigliani e, em seguida, tomar as escadas rolantes para a Piazza Italia.
Reconstruída por Augusto com o nome de Augusta Perusia, voltou bem cedo a ser uma cidade em progresso. Manteve praticamente uma boa parte de sua original estrutura. Após a ampliação no medioevo, da velha muralha, a cidade conheceu um grande momento de construções. Devastada por Totila, conquistada por Narsete, caiu enfim em mãos longobardas que, ali fizeram a sede do próprio ducado (VI). Este passou sob a proteção e soberania da Igreja (VIII) sempre sob domínio guelfo, contra os centros vizinhos de Gubbio, Arezzo, Siena, Todi, Folinho, Assisi.
Ao fundo a direita, está o Palazzo dei Priori. Entre seus aposentos ricamente decorados está a Sala dei Notari (c. 1295), antigo salão dos advogados, decorado com afrescos sobre o Antigo Testamento. Excelentes afrescos (1498-1500) de Perugino cobrem as paredes do Collegio del Cambio, casa de câmbio medieval da cidade. A Galleria Nazionale dell’Umbria, no 3º andar, exibe bela coleção de pinturas. Os primeiros planos para o edifício foram traçados em torno de 1270, consistindo em um bloco com três janelas voltadas para a Praça IV de Novembro e dez para o Corso Vannucci, sendo construído entre 1293 e 1297. Em 1333 foi iniciada uma ampliação de duas janelas no lado da Piazza, terminada em 1337. Em 1353 novas obras acrescentaram seis janelas, um grande portal e uma torre fortificada no lado do Corso. Outra extensão em 1429 adicionou mais três janelas no mesmo lado, mais o bloco do Collegio del Cambio. No século XVI as ampliações terminaram. O resultado dessas várias fases de construção é uma fachada assimétrica e irregular, preservando, porém, a unidade do seu estilo gótico.
Controlada pelos romanos no século 4 a.C., tornou-se propriedade da igreja no século 8. Além de sua fantástica história, é o reduto das artes e berço de grandes artistas. A cada ano a cidade recebe estudantes do mundo inteiro em suas universidades e nas academias de arte e música.
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Ao contrário da maioria das catedrais, a Catedral de Perúgia não tem sua fachada, mas seu flanco, voltado para a praça principal da cidade, onde estão também a Fontana Maggiore e o Palazzo dei Priori. Desde a criação do bispado, a catedral existiu em locais diferentes, até que, em 936-1060, um edifício novo, correspondente ao transepto da catedral atual, foi construído. A atual catedral, dedicada inicialmente a São Lourenço e Santo Herculano, data de um projeto de 1300 do frei Bevignate, iniciado em 1345 e concluído em 1490. Perugia foi residência papal (XIII) e viu surgir muitos dos seu mais significantes monumentos e mais de setenta torres, sendo assim apelidada de Turrena.
Perugia não foi poupada de lutas de facções: no fim do XIV cedeu seu governo a Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão; após a nobreza de Braccio Montone (1416-24), os Baglioni contra os Oddi, houveram lutas sanguinosas que se arrastaram até 1540, ano que marcou a devastação da cidade por parte de Pier Luigi Farnese mandado pelo papa Paolo III. No XVI, com a liberdade municipal decaída, Papa Paolo III fez abater o bairro que surgia sobre a colina del Landone, onde Antonio da Sangalo il Giovane erigiu uma fortaleza que se inspirou ao nome do papa: a Rocca Paolina (demolida logo depois pelo furor do povo, 1859). Os magistrados municipais, usufruindo também de competências administrativas, foram todavia repristinados pelo sucessor do Papa Paolo III- Giulio III- e a cidade desabrochou.
Perugia é conhecida por seu famoso chocolate, o Bacci Perugina que nasceu da ideia de misturar chocolate com avelã e do slogan: “Quem ama, beija! Os deliciosos bombons recheados de avelã e envoltos em um romântico papel, que traz internamente uma mensagem de amor e paixão, logo se transformou na tradução de amor e afeto. A cada em agosto é realizado o Eurochocolate, um festival anual de chocolate que se estende pelas praças e ruas de Perugia. É um dos maiores festivais da Europa que durante 10 dias atrai os gulosos degustadores de chocolate e venda de muitas opções. O Festival que reúne escultores de chocolate, criou o mapa da Itália em chocolate com os monumentos característicos de cada região.
Dividida em dois planos – Cidade alta / Cidade baixa – existem diversas escadas rolantes que ligam as duas partes da cidade. Também tem o Mini Metrô, um sistema de transporte ágil e de dimensões reduzidas, com várias estações que permitem acessar o centro histórico onde o tráfego de veículos é limitado. E o melhor, dispensa o esforço de subir ou descer as longas escadarias.
A cidade detém bem preservados muros construídos pelos Etruscos dos séculos VI a III antes de Cristo, com seus portões e arcos. O “Arco Etrusco” (também conhecido como “Arco de Augusto”), data do século III antes de Cristo. A curiosidade deste arco é que mais tarde foram nele gravados dois peculiares sinais, sendo “AUGUSTA PERUSIA” que foi entalhado no século I em comemoração ao perdão dado por Augusto à cidade (que havia apoiado o general Marco Antonio na guerra civil pouco antes).A outra inscrição “COLONIA VIBIA” comemora o título de colônia Romana concedido por Caius Vibius no século III depois de Cristo.
Durante a dominação francesa (1798-1814) Perugia fez parte do departamento do Trasimeno. Em junho de 1859 os excessos das tropas papais (“devastes de Perugia”) se abateram sobre os peruginos rebeldes e destruíram a Rocca Paolina e foram assim sucessivamente liberados do domínio papal na chegada das tropas piemontesas (1860).
![perugia_128a](https://passeioseroteiros.com.br/wp-content/uploads/2016/06/perugia_128a.jpg)
Encontramos em Perugia um moderno sistema de percursos mecanizados, constituídos por uma série de longas escadas rolantes que giram em parte ao aberto e em parte ao interno das antigas estruturas, consentem de subir comodamente ao centro histórico encravado sobre uma colina.