O château Azay-le-Rideau é um dos grandes símbolos da renascença no Vale do Loire. Ele foi construído em uma ilha e está cercado pelas águas do Rio Indre e por um parque; o resultado dessa mistura é um cenário de conto de fadas. Além do interior do castelo, uma caminhada por seu exterior, nos permite observar o belo reflexo que se forma na água do rio e o parque arborizado ao seu redor.
A geração romântica redescobriu o encanto do Château de Azay-le-Rideau. Honoré de Balzac referiu-se a ele como “um diamante facetado colocado no Indre” (“Un diamant taillé à facettes, serti par l’Indre”). Atualmente o palácio está rodeado por um distinto parque oitocentista, arranjado como um jardim paisagístico à inglesa, com muitas espécies de árvores, especialmente coníferas exóticas: cedros-do-líbano, ciprestes dos pântanos e sequoias do Novo Mundo.
Dos muitos castelos do Vale do Loire, o Château de Azay-le-Rideau destaca-se como sendo um dos mais belos. Muito mais que uma fortaleza, sua torretas têm funções meramente decorativas, dando um certo ar romântico à ilhota entre dois braços do rio Indre. O bosque do entorno, entremeado por canais, reforçam ainda mais o ar de magia que Balzac descreveu como sendo um “diamante multifacetado às margens do Indre”.
Apesar de não ser um dos maiores castelos da região, o Azay-le-Rideau chama atenção pelo conjunto da obra como um todo, por seu interior minimalista e pelos detalhes do estilo renascentista. Ele foi construído no século XVI, durante o reinado de Francisco I, e hoje tem uma grande coleção de tapetes decorativos, quadros de personalidades da época, um mobiliário muito bonito e quartos glamourosos, que refletem a ostentação da nobreza nos séculos passados.
Por volta de 1510, Gilles Berthelot, conselheiro e tesoureiro de Louis XII,comprou a fortaleza medieval de Azay e as terras vizinhas – onde construiu posteriormente o château (em 1522 a estrutura já estava construída). Berthelot distinguiu-se ao serviço do rei criando novas taxas, que rechearam os cofres da realeza e tornou-se num homem Nobre.
Mas, depois da morte de Berthelot, François I acabaria por entregar o château a um dos seus leais seguidores, Antoine Raffin. O edifício passou depois por muitas mãos: entre 1510 e 1527: Gilles Berthelot e Philippe Lesbahy; entre 1537 e 1651: Les Raffin; entre 1651 e 1787: Les Vassé; entre 1791 e 1882: Les Biencourt; e desde 1905 nas mãos do Estado francês.
Relatos sobre este castelo , informam que no 27 de junho de 1617, o rei Louis XIII esteve por aqui, de visita. E, se no século XVII o château ficou meio abandonado, nos séculos XVIII e XIX, o Marquês de Biencourt e os seus descendentes fizeram grandes renovações que lhe deram o aspeto atual – transformando inclusive o bonito jardim secreto que está perto da entrada/saída.
A escadaria central é o principal elemento que os visitantes encontram depois de entrar. Esta está incorporada no interior do edifício, em vez de erguer-se helicoidalmente, parcialmente encravada na parede e visível do exterior à maneira francesa, uma característica que é familiar no Château de Blois.
O espelho de água foi algo que só surgiu no século XIX. Aliás, foi só em 1950 que uma ramificação do rio foi desviada para que a água fosse ter com as fundações do château. Os trabalhos tinham como missão fazer com que o correr da água abrandasse e se conseguisse o efeito de espelho de água.
Junto de uma pequena queda de água, nas traseiras do castelo, estão umas cadeiras perfeitas para descansar e apreciar a vista. Quando comprou o castelo em 1791, Charles de Biencourt, um entusiasta da botânica, quis transformar o que era um jardim normal num parque grandioso, ao estilo inglês, com uma fauna e flora variadas.
O nome da construção remonta ao ano 1119, quando um nobre de nome Ridel de Azay fundou neste local um povoado. Originalmente o local foi batizado como Azay le Ridel, sendo mais tarde modificado para Azay le Rideau. Na época ainda não havia nenhum castelo neste lugar, ele somente iria surgir mais tarde, quando os senhores feudais da cidade próxima de Tours resolveram guarnecer a estrada de acesso a Chinon com uma nova fortaleza. Como o povoado de Azay ficava bem no caminho, ele foi o local escolhido para receber a obra.
Além do château em si – dentro e fora – há outros espaços para visitar: um restaurante/bar com uma esplanada e uma loja (com souvenirs e livros). O restaurante só está aberto de 1 de abril a 30 de setembro e serve refeições simples como quiches e saladas. Mas, é a sua esplanada, virada para a frente do château, que mais “clientes” atrai.
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