Dublin a capital da Irlanda

Situada às margens do Rio Liffey, Dublin é uma das maiores e mais antigas cidades da Europa, uma capital onde o visitante vai encontrar mais de mil pubs – onde degusta-se a cerveja Guinness ao som de U2, a banda local de sucesso mundial -, elegantes construções georgianas, cuadrados, parques, teatros e prédios importantíssimos, a exemplo do Trinity College, que abriga o Livro de Kells, entre uma série de outros pontos interessantes. O ritmo das ruas do centro de Dublin é movimentado, o trânsito, um pouco congestionado – algo comum em cidades grandes, nos dias de hoje -, porém a capital da Irlanda é um lugar fácil de se locomover, simplesmente deliciosa para passeios a pé, e conta com um sistema de transporte público eficiente.

 

The Temple Bar

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Criado em 1840, o tradicional The Temple Bar é o pub número 1 da lista dos que visitam a capital irlandesa. Como não poderia deixar de ser, a fórmula de sucesso do local é composta por “ingredientes” como ambiente tradicional, música irlandesa de qualidade – o bar foi considerado “a casa” da música irlandesa na capital -, menu variado de cervejas, mais de 500 rótulos de uísque e delícias da gastronomia local, como as famosas ostras frescas acompanhadas de um copo de cerveja Guinness.

O Temple bar fica numa região turística e boêmia de Dublin. Ao redor dele encontramos vários pubs tradicionais. É possível conhecer muito da cultura local. Como todo ponto turístico, não é o local mais barato para apreciar pints de cervejas artesanais. Chove muito na Irlanda, e nesse bairro, tudo é colorido, alegre e barulhento. Vários Pubs e restaurantes dão cor ao lugar. A música rola nas ruas e nos bares, com o congraçamento de pessoas que se juntam para cantar e dançar. Esse centro cultural de Dublin tem realmente a maior concentração de bares/pubs da Irlanda. O local, preserva sua arquitetura medieval, conta também com lojas da moda e cafés ecléticos.

Veja mais fotos do Temple Bar:

Difícil não se divertir em Dublin, a inebriante capital da Irlanda. Ainda mais se você for bom de copo. Alguns minutos em torno do balcão de um pub bastam para travar contato com gente bem-humorada, receptiva, sarcástica e, surpresa, calorosa. Curiosos, os irlandeses são mestres em tirar sarro, especialmente de ingleses e escoceses, e gastam horas conversando sobre qualquer assunto, de futebol a política econômica – exceção feita, obviamente, à religião e ao IRA, temas que ainda causam desconforto. Tudo, claro, mediante um bom trago. Um belo pint de stout ou uma reconfortante dose de whiskey (assim mesmo, com “ey” no final) dão o start para desfrutarmos a capital do Eire, nome da Irlanda em gaélico, o outro idioma oficial do país, além do inglês.

Duendes & Fadas

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A Irlanda é o último reduto do mundo celta na Europa. Por isso, paira na capital Dublin uma aura mágica e de fantasias. Isso porque os celtas eram um povo bastante religioso e cheio de crendices. Viviam em um santuário quase que na foz do rio Liffey, o principal da cidade. Eles realmente acreditavam e cultuavam duendes e fadas como alguns de seus vários deuses. Essas lendas da Antiguidade passaram de pai para filho por várias gerações, evocando até hoje mistérios de uma cultura digna de história de ficção. Nos contos medievais irlandeses do século 14, por exemplo, nasceu o Leprechaun, um anãozinho sapateiro que esconde um pote de ouro.

Figura mitológica do folclore da Irlanda, o leprechaun (pronuncia-se /LÉP-re-coun/) é apresentado como um diminuto homenzinho, sempre ocupado a trabalhar num único pé de sapato no meio das folhas de um arbusto ou “sob uma folha de labaça”. Ele é tido como o sapateiro do povo das fadas. Também são conhecidos pelos nomes de Tumores, Duendes ou Gnomos. Os leprechauns são considerados guardiões ou conhecedores da localização de vários tesouros escondidos.Se encontrar um leprechaun estiver difícil, basta procurar nas lojas irlandesas de souvenir que elas dão uma forcinha com dezenas de lembranças da Ilha em forma de pote de ouro. Vai que um dia você encontra o seu de verdade!?

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O Dublin Pass dá direito a entrada em 33 atrações da cidade, a exemplo da St. Patrick’s Cathedral, da Guinness Storehouse e do zoológico de Dublin. Além disso, o cartão garante descontos em teatros, como o importante Abbey, cafés, bares e tours nos arredores da capital, como a deliciosa viagem ao montanhoso Condado de Wicklow, conhecido como o jardim da Irlanda. Para adquirir o seu cartão, clique aqui.

Christ Church Cathedral

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Fundada em 1028, a bela catedral conhecida como Igreja de Cristo é tida como o “coração espiritual” de Dublin. Além de um exterior imponente, a igreja guarda em seu interior uma série de riquezas, como a famosa cripta medieval (uma das maiores da Grã-Bretanha e da Irlanda), que é considerada a estrutura mais antiga da cidade. Na igreja, um importante local de peregrinação no período medieval, o visitante ainda vai ver de perto algumas relíquias, como um pedaço do berço que pertenceu a Jesus, além, de um gato e um rato mumificados, conhecidos localmente como Tom & Jerry. A entrada na catedral custa 6€ (adultos) e 2€ (crianças até 16 anos). Confira aqui os horários de abertura ao longo do ano e as opções de transporte para o local.

Igreja da Santíssima Trindade fica em uma posição privilegiada bem no centro da cidade, aliás nos hospedamos em Dublin bem pertinho dela. Christchurch permite visitação e oferece tours guiados.Fundada em 1028 é a mais antiga do país.

Henry Street

dublin_189Se você gosta de fazer umas comprinhas sem gastar muito então precisa ir na movimentada Henry Street – vizinha à O’Connell St. esta é uma rua de pedestres vibrante e repleta de opções de lojas para todos os gostos, a exemplo da Arnotts, a maior loja de departamentos do país e um dos estabelecimentos mais famosos e queridos dos habitantes locais. Além disso, no local você ainda encontra marcas conhecidas mundialmente, como a Zara.

Dublin Castle

 

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Dublin Castle é um castelo bem discreto e urbano, escondidinho no meio da cidade. Sendo grande para os lados e pequeno na altura, Dublin Castle foi inaugurado em 1204 e se tornou um complexo de repartições públicas, mas até os anos 1920 era onde o governo britânico se reunia. Todo os espaços a céu aberto são livres para visitação, inclusive a capela real, os museus e a próxima atração da nossa lista, mas para visitar os cômodos internos é preciso contratar o tour

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Dubh Linn Gardens, a antiga piscina escura, ou Dubh Linn em irlandês, é um lindo gramado celta logo em frente ao castelo, dá para andar livremente por ele. Tida como a atração mais escondida da cidade, os jardins ficam entre o castelo e a biblioteca – para achá-los entre pela Dame Street e passe pela fachada do castelo.

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Aqui estou na charmosa ponte Ha Penny Bridge construída sobre o Rio Liffey datada de 1816. Foi a primeira ponte para pedestres e como o nome sugere, era cobrado um penny para cada pessoa cruzá-la. Hoje, cerca de 30 mil pessoas cruzam a ponte todos os dias e não precisam pagar!

Embora seja um destino turístico com infindáveis opções, tanto durante o dia quanto à noite, é preciso lembrar que Dublin está muito próxima de atrações sensacionais e que merecem destaque. Lugares incríveis, como as Falésias de Moher, que ficam a pouco mais de duas horas da cidade (de carro), ou mesmo a cidade de Belfast, na Irlanda do Norte – outro destino completo e que está a pouco mais de duas horas (de trem).

Grafton Street

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Não importa quanto tempo você passe em Dublin, é provável que uma hora ou outra você acabe passando pela Grafton Street, um dos endereços mais famosos da capital irlandesa. Lojas de roupas, sapatos e acessórios, livros, artigos eletrônicos, além de alguns excelentes cafés e prédios históricos estão espalhados por toda a extensão da rua, que também acaba sendo um importante ponto cultural da cidade, palco para vários e talentosos artistas.

Brasileiros podem viajar para a Irlanda e outros países da Europa por até 90 dias sem precisar requisitar o visto no Brasil. O visto de turista é concedido no aeroporto, na Irlanda. É necessário apresentar, no Serviço de Imigração do aeroporto, a passagem de volta, passaporte válido por, no mínimo, seis meses após a data em que pretende sair do país, seguro-viagem de, no mínimo, 25 mil euros (com cobertura para acidentes e doenças), comprovação de dinheiro para se manter durante a viagem e comprovante de acomodação (confirmação do hotel onde irá ficar ou carta-convite de algum residente).

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Só para constar os pubs preferidos nessa região são: The Old Store House , Oliver St John Gogarty, The Temple Bar (o mais famoso e lotado de turistas) e Porterhouse (tem uma variedade gigantesca de cerveja). Também, pra quem quiser conhecer o pub onde foram filmadas algumas cenas do filme “P.S. I love you”, o nome é Whelan’s e fica há algumas quadras de distância do Temple bar.

Guinness Storehouse

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Em Dublin você vai conhecer de perto a sede de uma das cervejarias mais conhecidas do mundo, a Guinness Storehouse. Uma construção de sete andares, ultramoderna e interativa, totalmente dedicada à história da famosa marca, desde a fundação (há 250 anos) até os dias atuais.Logo de cara, o prédio em formato de uma pint gigante de Guinness chama a atenção do visitante.

Durante o tour pela atração Guinness Storehouse que é número 1 da capital irlandesa várias outras informações e objetos importantes são expostos de maneira interessante, como no térreo, onde está a cópia do contrato de arrendamento assinado por Arthur Guinness, em 1759. Além disso, na seção Guinness Academy o visitante pode aprender a tirar uma pint perfeita de Guinness e ainda receber um diploma. Já no Gravity Bar, no sétimo andar, é possível degustar a cerveja admirando uma das vistas mais bonitas da capital irlandesa. A Guiness Storehouse abre diariamente e a entrada no local custa 16.50€ (adultos) e 13€ (estudantes com mais de 18 anos), com um copo de cerveja incluso. Para adquirir o seu ingresso com desconto, basta efetuar a compra on-line (clique aqui). Estudantes com menos de 18 anos pagam 10.50€ e têm direito a uma bebida não alcoólica.

A famosa estátua de Molly Malone

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No cruzamento das ruas Grafton com a Suffolk Street, a irlandesa mais cantada, abraçada e fotografada da cidade. A queridinha de Dublin é… Molly Malone! Molly era uma peixeira, que literalmente vendia seu peixe com seu carrinho pelas ruas de Dublin. Dizem as más línguas, que ela aproveitava o lado comercial para vender também seu corpinho na região do porto. Os mais respeitosos se referem a ela como uma pessoa que distraía os pescadores. Os desrespeitosos aproveitam para tirar a tradicional foto com a mão dos seios fartos de Molly. Diz que me diz a parte, Molly tem muito respeito pelos irlandeses, pois na época da Grande Fome que assolou a Irlanda, ela foi uma das mulheres que resistiu e não imigrou junto com tantos outros para os Estados Unidos. Acabou morrendo jovem e sua estátua tao fotografada representa a dignidade mesmo durante um período tao triste de fome e miséria.

Dublin é uma cidade especial pela quantidade de estátuas peculiares e engraçadas, e os irlandeses adoram todas elas. O site Visit Dublin reuniu algumas das principais, além de um mapa gratuito para download que mostra a localização de cada uma delas. Clique aqui.

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St. Patrick’s Cathedral

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Essa catedral é dedicada ao santo padroeiro da Irlanda, portanto é uma das atrações mais populares da cidade. A construção, datada entre 1220 e 1260, foi erguida ao lado do local onde acredita-se que o santo batizava fiéis – um lugar belíssimo por dentro e por fora, cheio de história, relíquias e também onde repousam os restos mortais de várias personalidades. Deão da igreja entre 1713-1745, Jonathan Swift, o autor de “As Viagens de Gulliver”, é um dos que estão enterrados na igreja. Esse, inclusive, é um dos motivos que mais levam visitantes até o local, onde é possível ver de perto objetos como a máscara mortuária de Swift, uma estante contendo alguns trabalhos importantes e até um púlpito pertencente ao autor, que passou a ser utilizado pela catedral.

A catedral de São Patrício (St. Patrick’s Cathedral), a Igreja Nacional da Irlanda, abre para visitação diariamente e as entradas custam 5.50€ (adultos) e 4.50€ (estudantes). Visitas guiadas gratuitas acontecem de segunda-feira a sábado, às 10h30, às 11h30, às 14h30, às 15h e às 15h30.

Saint Patrick’s Park– Esse parque discreto e super silencioso fica ao lado da catedral de mesmo nome .

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Famine Memorial (nesta foto uma pessoa só, mas tem mais). Às margens do rio Liffey (região Docklands) você poderá constatar as esculturas que retratam a fome ocorrida no período de 1849 a 1852. Foi um período de fome e doenças por conta de contaminação de batatas, na qual a população da Irlanda reduziu entre 20% e 25% pois provocou a morte de cerca de um milhão de pessoas e forçou mais de um milhão a emigrar da ilha.

 

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Ao visitar a capital irlandesa não poderá perder o passeio pela Jameson, a destilaria fundada pelo visionário empresário John Jameson, em 1780. O tour guiado envolve o ambiente recriado de uma antiga destilaria, onde é possível conhecer a história de sucesso da marca – desde a sua criação – e saber tudo sobre os ingredientes utilizados no preparo da bebida.

O prédio da destilaria abriga, ainda, uma loja superinteressante, que vende os uísques Jameson e outros produtos como camisetas, bonés, chaveiros; há também bares e um restaurante imperdível, o The 3rd Still. A destilaria abre de segunda-feira a sábado, das 9h às 18h, e aos domingos, de 10h a 18h. Os ingressos custam 14€ (adultos), 10.60€ (estudantes com mais de 18 anos, portando a identidade) e 7.70€ (crianças).

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Proibidos de falar em gaélico, os irlandeses contribuíram para que nascesse na Irlanda , quatro dos maiores escritores da língua inglesa: Johnathan Swift, das “Viagens de Guliver”, George Bernard Shaw , Prêmio Nobel de 1925 e maior teatrólogo da Inglaterra , William B. Yeats, Prêmio Nobel de 1923 e James Joyce autor de “Ulisses”.

Trinity College

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Trinity College, a universidade mais tradicional da Irlanda. Foi fundada por Henrique VIII como um dos campus da Universidade de Cambridge. Trinity College está aberta para todos conhecerem o campus, os prédios principais, as bibliotecas e os jardins. A universidade fundada em 1592 foi inicialmente voltada apenas para protestantes.

Pela Trinity College passaram grandes nomes como Wilde, Beckett e Swift. Na biblioteca antiga do local, o visitante poderá ver de perto o preciosíssimo Livro de Kells, um manuscrito com 680 páginas escrito por monges irlandeses por volta de 800 a.C. A confecção do livro – uma obra riquíssima em detalhes, considerada uma das mais importantes do cristianismo celta e da arte saxão-irlandesa – teve início em um mosteiro em Iona, uma pequena ilha escocesa, sendo finalizado tempos mais tarde em Kells, no condado de Meath. Segundo dados históricos, depois de finalizado, o livro foi enterrado para não ser encontrado pelos vikings e somente em 1653 passou a fazer parte do acervo da universidade.

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O’Connel Street – A principal rua de Dublin recebeu esse nome em homenagem à Daniel O’Connell, conhecido como “Libertador” por sua incansável luta pelos direitos dos católicos no século 19.

St. Stephen’s Green

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St. Stephen’s Green é um belo parque público vitoriano – ao sul da Grafton Street – muito arborizado e limpo, com mais de 3km de pistas, rodeado de flores (especialmente na primavera), plantas e gramado altamente propício para momentos de lazer ou puro relaxamento.

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Curiosidade: Basta olhar para as terras da Irlanda para encontrar os famosos trevos de três folhas, em inglês, shamrock. Tornaram-se símbolo da Ilha Esmeralda porque diz-se que São Patrício, mais conhecido como Saint Patrick, o padroeiro da Ilha, utilizou o trevo para explicar a Santíssima Trindade enquanto catequizava a população que, até aquele momento, tinha uma cultura pagã. Você poderá encontrar o trevo estampado em objetos que vão desde camisetas até joias.

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Fica no parque Merrion Square perto do Stephen’s Green, a escultura do dramaturgo Oscar Wilde, que por sinal morava no número 1 da Rua Merrion Square e que hoje em dia abriga um pequeno museu.

Amigavelmente descansando no parque Merrion Square, outra estátua peculiar de Dublin – e, sem dúvidas, a mais colorida delas (ao fundo nesta foto). Deitado sobre à sombra frondosa de uma árvore, ele vê o mundo por alí passar com um sorriso levemente irônico. Comentador social espirituoso, dramaturgo e romancista, Wilde passou a maior parte de sua infância vivendo próximo à Merrion Square e ele é meritamente reconhecido como um dos mais famosos e amados escritores de Dublin.

 

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