Devido à Universidade, Coimbra é, acima de tudo, uma terra de convívio e boêmia estudantil. Coimbra é um distrito de contrastes, entre o mar e as montanhas. A principal característica geográfica do distrito é o vale do rio Mondego, o maior rio que nasce em Portugal, que domina a paisagem em todo o ocidente do distrito. A sua situação geográfica confere-lhe uma paisagem repleta de praias (Figueira da Foz e Mira), termas (Amieira, Arrifana, Bicanho, Caldas de S. Geraldo, Caldas de S. Paulo, Caldas de Várzea Negra, e Fonte do Brulho em Verride). Foi em Coimbra que aconteceu o amor proibido de D. Pedro I e D. Inês, que inspirou poetas e escritores. A sua história continua a fazer parte do patrimônio da cidade.
O distrito de Coimbra é caracterizado por duas paisagens distintas. O Vale do rio Mondego marca o ocidente, em razão dos seus afluentes, sobretudo dos rios Alva e Ceira. Ainda no ocidente, há a destacar uma planície costeira, onde o Mondego marca presença. No oriente, a serra preenche a paisagem, com relevos não muito acentuados. Exceção feita ao litoral Norte, todo o distrito de Coimbra está integrado na bacia hidrográfica do Mondego.
Largo da Portagem
Universidade de Coimbra
Uma das mais antigas Universidades da Europa. Fundada em Lisboa em 1290, foi transferida definitivamente para Coimbra em 1537, instalando-se no Paço Real. Neste local terão os romanos edificado o pretoriumo que já diz muito da importância estratégica e logo militar do local. Foi depois o local da Alcáçova árabe que teria uma configuração geométrica similar à configuração atual. Com a conquista cristã veio a ser o Paço Afonsino, que o Rei D. Manuel reformaria profundamente, mandando também edificar a Capela de S. Miguel.
Apesar das construções seculares, um ar de jovialidade contagia as ruas da honorável Coimbra. Também, pudera: todos os anos, cerca de 50 mil estudantes lotam as salas da sua famosa universidade, cuja torre, com traçado de coruja – o símbolo da sabedoria –, paira do alto como a revelar para quem vem da autoestrada a sua pendência natural aos livros. São os seus sinos e relógios que, desde 1733, chamam os alunos às aulas.
A Universidade foi instalada em Coimbra, no Paço Real da Alcáçova, em 1308. Durante os seus mais de sete séculos de existência, a Universidade foi crescendo, primeiro por toda a Alta de Coimbra e depois um pouco por toda a cidade, encontrando-se atualmente ligada a gestação da ciência e da tecnologia e difusão da cultura portuguesa no mundo. Continuando a manter o renome de outros tempos, é indiscutível a qualidade do ensino em Coimbra.
Como chegar
Coimbra fica a 120 quilômetros do Porto e a 210 quilômetros de Lisboa. Se vier de carro, siga pela autoestrada A-1 (há pedágios). Bastante prático é o trem (www.cp.pt). De Lisboa, demora cerca de duas horas. Do Porto, conte uma hora de viagem. Ele chega na estação Coimbra B, onde se pega outra locomotiva (preço já incluído na passagem) que em poucos minutos deixa você no centro, Coimbra A. Se preferir, há ônibus (www.rede-expressos.pt).
Monumentos como a Sé Velha e as Igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz (com os túmulos dos primeiros reis de Portugal) retrocedem aos inícios da nação Portuguesa. Muitos outros monumentos são de realçar em Coimbra, como os bonitos conventos de Santa-Clara-a-Velha e Santa-Clara-a-Nova (onde D. Inês de Castro terá sido apunhalada até à morte), a Igreja de Santo António dos Olivais, o Mosteiro de Celas, o Jardim (ou Claustro) da Manga ou a Sé Nova de Coimbra.
SÉ (Velha)
Jardim da Manga
Descrita como a cidade com mais história da região, Coimbra acolhe alguns dos costumes e monumentos mais venerados do distrito. Vários anos após a ocupação romana e domínio medieval, os vestígios dos primeiros anos de Coimbra estão espalhados por todo o distrito e podem ser contemplados na cidade costeira da Figueira da Foz, no imponente castelo do século IX de Montemor-o-Velho e nas antigas ruínas de Conímbriga.