Coimbra é um distrito de contrastes

Devido à Universidade, Coimbra é, acima de tudo, uma terra de convívio e boêmia estudantil. Coimbra é um distrito de contrastes, entre o mar e as montanhas. A principal característica geográfica do distrito é o vale do rio Mondego, o maior rio que nasce em Portugal, que domina a paisagem em todo o ocidente do distrito. A sua situação geográfica confere-lhe uma paisagem repleta de praias (Figueira da Foz e Mira), termas (Amieira, Arrifana, Bicanho, Caldas de S. Geraldo, Caldas de S. Paulo, Caldas de Várzea Negra, e Fonte do Brulho em Verride). Foi em Coimbra que aconteceu o amor proibido de D. Pedro I e D. Inês, que inspirou poetas e escritores. A sua história continua a fazer parte do patrimônio da cidade.

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Coimbra, cidade portuguesa capital de distrito e sede de concelho. É conhecida como a cidade estudante devido ao alto número de faculdades que possui. É banhada pelo rio Mondego e a sua localização central conferiu-lhe grande importância ao longo dos tempos. A Universidade, uma das mais prestigiadas da Europa é um dos maiores destaques da cidade. O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, a Sé velha, a Igreja/Mosteiro de Santa Cruz, o Jardim da Sereia e o Portugal dos Pequenitos são alguns dos locais que não se pode perder. Entre as festas acadêmicas a mais importante é a Queima das Fitas,

 

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Aqui o Manuel aparece na Rua Visconde da Luz que é uma das ruas principais da Baixa de Coimbra. Por aqui pululam milhares de pessoas no seu percurso quotidiano.:

O distrito de Coimbra é caracterizado por duas paisagens distintas. O Vale do rio Mondego marca o ocidente, em razão dos seus afluentes, sobretudo dos rios Alva e Ceira. Ainda no ocidente, há a destacar uma planície costeira, onde o Mondego marca presença. No oriente, a serra preenche a paisagem, com relevos não muito acentuados. Exceção feita ao litoral Norte, todo o distrito de Coimbra está integrado na bacia hidrográfica do Mondego.

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As ruas de Coimbra são lindinhas….. mas… é preciso ter boas pernas para percorre-las… tudo é morro….. e dá-lhe remédio para dores nas pernas.

Largo da Portagem

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O largo da Portagem fica situado junto à Beira-Rio. O nome deste largo deve-se ao fato de antigamente se cobrarem impostos sobre as mercadorias que chegavam à cidade vindas do sul. Neste largo, está um dos símbolos arquitetônicos da cidade de Coimbra, o Hotel Astória construído em 1926 e o Café Montanha, um café com mais de 50 anos de existência. Conectada a este largo fica a principal rua da baixa, a rua Ferreira Borges, uma rua que atualmente está fechada ao trânsito automóvel e onde existem várias lojas de comércio tradicional. O monumento no meio da praça é de Joaquim Augusto de Aguiar . Em 28 de Maio de 1834, o ministro da Justiça de D. Maria II, Joaquim António de Aguiar, decretou a extinção das ordens religiosas masculinas e nacionalização dos seus bens. O decreto só será promulgado a 30 de Maio. Este decreto custou ao ministro o ter ficado conhecido pelo “Mata-Frades”.

 

Universidade de Coimbra

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O edifício apenas passou a pertencer à Universidade em 1597, data em que esta instituição o adquiriu, durante o domínio filipino, ao Monarca Espanhol – Filipe II (I de Portugal). É nesta época que nascem ao lado do Paço novas estruturas: a Biblioteca, a Torre e a Via Latina. A Porta Férrea, também mandada instalar nesta época, continuou a marcar o local de entrada delineado no tempo da ocupação árabe. Todo o conjunto foi reformado algumas vezes ao longo da sua história

Uma das mais antigas Universidades da Europa. Fundada em Lisboa em 1290, foi transferida definitivamente para Coimbra em 1537, instalando-se no Paço Real. Neste local terão os romanos edificado o pretoriumo que já diz muito da importância estratégica e logo militar do local. Foi depois o local da Alcáçova árabe que teria uma configuração geométrica similar à configuração atual. Com a conquista cristã veio a ser o Paço Afonsino, que o Rei D. Manuel reformaria profundamente, mandando também edificar a Capela de S. Miguel.

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A Universidade de Coimbra é uma referência incontornável no panorama do ensino superior e da investigação em Portugal, pela qualidade reconhecida do ensino ministrado nas suas oito Faculdades e pelos avanços que tem permitido à investigação pura e aplicada, em várias áreas do conhecimento, em Portugal e no mundo. O prestígio da Universidade de Coimbra pode ser comprovado pela posição que esta instituição ocupa em classificações internacionais de relevo sobre universidades e centros de investigação.

Apesar das construções seculares, um ar de jovialidade contagia as ruas da honorável Coimbra. Também, pudera: todos os anos, cerca de 50 mil estudantes lotam as salas da sua famosa universidade, cuja torre, com traçado de coruja – o símbolo da sabedoria –, paira do alto como a revelar para quem vem da autoestrada a sua pendência natural aos livros. São os seus sinos e relógios que, desde 1733, chamam os alunos às aulas.

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A história da Universidade de Coimbra remonta ao século seguinte ao da própria fundação da nação portuguesa, dado que a Universidade foi criada no século XIII, em 1290. Antes, porém, em 1288, foi elaborada uma Súplica ao Papa Nicolau IV (de que só se conhece o traslado) datada de 17 de Novembro de 1288 e assinada pelos abades dos Mosteiros de Alcobaça, Santa Cruz de Coimbra e S. Vicente de Lisboa e pelos superiores de 24 igrejas e conventos do Reino. A bula do Papa Nicolau IV, datada de 9 de Agosto de 1290, reconheceu o Estudo Geral, com as faculdades de Artes, Direito Canônico, Direito Civil e Medicina. Teologia foi reservada aos conventos dominicanos e franciscanos

A Universidade foi instalada em Coimbra, no Paço Real da Alcáçova, em 1308. Durante os seus mais de sete séculos de existência, a Universidade foi crescendo, primeiro por toda a Alta de Coimbra e depois um pouco por toda a cidade, encontrando-se atualmente ligada a gestação da ciência e da tecnologia e difusão da cultura portuguesa no mundo. Continuando a manter o renome de outros tempos, é indiscutível a qualidade do ensino em Coimbra.

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Imperdível conhecer todo o espaço da Universidade de Coimbra, com o seu Museu de Arte Sacra, a deslumbrante Capela de São Miguel e a fantástica Biblioteca Joanina (magnífica construção do século XVIII, em talha dourada e madeiras exóticas e com 300 mil volumes) e o espaço do bonito Jardim Botânico.

Como chegar

Coimbra fica a 120 quilômetros do Porto e a 210 quilômetros de Lisboa. Se vier de carro, siga pela autoestrada A-1 (há pedágios). Bastante prático é o trem (www.cp.pt). De Lisboa, demora cerca de duas horas. Do Porto, conte uma hora de viagem. Ele chega na estação Coimbra B, onde se pega outra locomotiva (preço já incluído na passagem) que em poucos minutos deixa você no centro, Coimbra A. Se preferir, há ônibus (www.rede-expressos.pt).

 

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Desde 2014, a Universidade de Coimbra, em Portugal, aceita a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a inscrição de estudantes brasileiros em cursos de graduação. O ano letivo começa em setembro (conheça o site da universidade). O curso é pago.

 

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Mantendo firme a vontade de preservação de todo este magnífico património, Coimbra oferece importantes espaços museológicos, com especial destaque para o Museu nacional de Machado de Castro, instalado no antigo Paço Episcopal da cidade e considerado mesmo um dos mais importantes museus do País.
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Estátua de proporções colossais, coroa a praça batizada com o nome do monarca, da autoria de Francisco Franco, inaugurada em 1943, onde o rei D.João III é homenageado como benemérito da Universidade de Coimbra. João III, o Piedoso ou o Pio, 15.° rei de Portugal. Nasceu em Lisboa a 6 de Junho de 1502, onde também faleceu a 11 do referido mês, do ano de 1557. Era filho de el-rei D. Manuel e de sua segunda mulher, a rainha D. Maria, filha dos reis católicos Fernando e Isabel. O dia do seu nascimento foi assinalado por uma horrorosa tempestade, e o do batismo por um incêndio que se declarou no paço, coincidências que muito impressionaram como de grande agoiro no futuro reinado. Infelizmente, os fatos posteriores vieram confirmar estes lúgubres presságios.

 

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Sede da mais antiga universidade de Portugal, Coimbra é uma cidade sobretudo animada pelos estudantes que vivem e estudam aqui, mas está também cheia de monumentos e tesouros históricos e conta com um comércio movimentado e a presença vibrante do Mondego, o “Rio dos Poetas” como os habitantes locais lhe chamam orgulhosamente, oferecendo ao visitante a beleza das suas margens e alimentando os campos férteis do vale circundante. Coimbra oferece muitos outros locais a serem explorados e um vasto calendário de eventos culturais e de diversão, mas torna-se especialmente apetecível em Maio, quando os estudantes celebram o final do ano acadêmico com a tradicional Queima das Fitas, enchendo as ruas de música e animação esfuziante.

 

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A tradição académica de Coimbra, com as animação das afamadas repúblicas, presente também nos bares e festas da cidade antiga, bem como o típico Fado prevalecem até aos dias de hoje com a mesma força cultural de outrora.

Monumentos como a Sé Velha e as Igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz (com os túmulos dos primeiros reis de Portugal) retrocedem aos inícios da nação Portuguesa. Muitos outros monumentos são de realçar em Coimbra, como os bonitos conventos de Santa-Clara-a-Velha e Santa-Clara-a-Nova (onde D. Inês de Castro terá sido apunhalada até à morte), a Igreja de Santo António dos Olivais, o Mosteiro de Celas, o Jardim (ou Claustro) da Manga ou a Sé Nova de Coimbra.

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O Quebra Costas – uma longa escadaria que conduz desde a Alta de Coimbra ao centro histórico, na Baixa – tornou-se por si só numa atração turística. Aí se encontra ruas animadas, repletas de restaurantes típicos e bares, lojas de todo o gênero e muitos cafés. A Sé Velha, a Câmara Municipal e a Igreja de Santa Cruz são algumas das principais atrações da zona e merecem uma visita.

SÉ (Velha)

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Encontramos no interior da Sé (velha) de Coimbra, duas cenas bíblicas em baixo relevo – ” o batismo de Cristo” e “Moisés salvo das águas”. Na capela de S. Pedro, da autoria de Nicolau de Chanterene, encontra-se o túmulo de D. Jorge de Almeida, bispo de Coimbra. Nas capelas laterais jazem outras grandes personagens da história Coimbra. O claustro gótico mandado fazer por D. Afonso II, no século XIII, é o mais antigo de Portugal sendo formado por 4 galerias abobadadas e algumas capelas.
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Coimbra, cidade sede de concelho e distrito, e principal cidade do Centro de Portugal, é uma das mais históricas localidades do País, dona de um património riquíssima, banhada pelo notável rio Mondego. A presença humana nesta região abençoada pela natureza, com a mais valia de um Mondego navegável, vem de tempos remotos, tendo sido ocupada pelos Celtas, e culturalmente transformada pelos Romanos. Visigodos, entre 586 e 640 deixaram igualmente a sua marca, passando para o domínio Muçulmano em 711. A reconquista definitiva dá-se em 1064, pelas tropas de Fernando Magno, e já em 1139, o Rei D. Afonso Henriques faz de Coimbra a capital do Reino, estatuto que conserva até 1260.

Jardim da Manga

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Integrada no Mosteiro de Santa Cruz, esta construção de carácter utilitário provavelmente encetada em 1530, segundo o plano reformista de D. Frei Brás de Braga, é atribuída a João de Ruão. Baseada nas casas de fresco italianas e aparentando planta circular, corresponde ao que resta da arquitetura do antigo claustro do mosteiro. É constituída por um templete central rodeado por quatro capelas ou oratórios a ele ligados por passarelas, e no interior das quais se encontram alguns retábulos de pedra. Sobre o entablamento das oitos colunas coríntias que compõem o templete, eleva-se uma abóbada esférica rematada por um lanternim. Do templete partem ainda quatro ruas que recortam o terreno livre do claustro, em torno das quais se sucedem pequenos tanques. Construído na década de 30 do século XVI, esta obra da renascença pura é magnífica no simbolismo e evocação que encerra e pode considerar-se como uma das mais importantes Fontes da Vida da arquitetura europeia. É baseada nas casas de fresco renascentistas italianas.
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O Mosteiro de Santa Cruz é um mosteiro da ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho localizado em Coimbra, Portugal. Fundado em 1131, nele se encontram enterrados os dois primeiros reis de Portugal, D. Afonso Henriques e D. Sancho I. A qualidade das intervenções artísticas no Mosteiro de Santa Cruz, particularmente na época manuelina, fazem deste um dos principais monumentos históricos e artísticos de Portugal.

Descrita como a cidade com mais história da região, Coimbra acolhe alguns dos costumes e monumentos mais venerados do distrito. Vários anos após a ocupação romana e domínio medieval, os vestígios dos primeiros anos de Coimbra estão espalhados por todo o distrito e podem ser contemplados na cidade costeira da Figueira da Foz, no imponente castelo do século IX de Montemor-o-Velho e nas antigas ruínas de Conímbriga.

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Ponte Rainha Santa Isabel foi projetada pelo engenheiro António Reis, e é a mais recente travessia rodoviária sobre o rio Mondego , sendo composta por duas faixas automotivas com três vias em cada sentido.Sua inauguração, em 2004, veio permitir o acesso mais rápido à zona do Vale das Flores e Pólo II da Universidade.

Praça 8 de Maio

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Praça 8 de Maio, situa-se no coração de Coimbra. A Praça chama-se 8 de Maio desde esse dia no ano de 1834 quando as tropas do Duque da Terceira entraram na cidade. Até essa altura era conhecida por Largo de Sansão devido ao fato de no centro existir uma estátua da personagem bíblica que encimava um chafariz aí erguido. Construído a mandado de D. Afonso Martins, prior de Santa Cruz, foi-lhe acrescentada a estátua referida em 1592. Curioso é o fato de, em 1612, a Câmara ter decidido proibir a lavagem de louça e roupas nesse local. Esse chafariz acabou demolido, em 1876, a fim de ser construído o atual edifício da Câmara Municipal de Coimbra. Em tempos idos o Largo de Sansão era um dos locais preferidos pelas vendedeiras, para aí venderem os produtos das suas hortas e não só, o que levou a Câmara, em 1784, a determinar que só aí podiam transacionar os seus produtos, as vendedeiras com mais de 50 anos e de boa reputação.
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Apaixonamo-nos pelas suas ruas de Coimbra, desenhando caminhos estreitos pela cidade. Cheia de monumentos, gente para cima e para baixo, mas tranquila. Um clima temperado, brisa… Junto ao rio e perto da natureza. O número de encostas chamou-nos a atenção. Para ir a qualquer lado é preciso subir e descer! Mas isso faz parte do encanto da cidade. Ao ser uma cidade universitária, tem muito ambiente, gente jovem e nos disseram que boas festas também. Comer em Coimbra pode ser muito barato. As cantinas são típicas, e oferecem um menu baratíssimo por causa dos estudantes.

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