Sempre ouvi dizer que provavelmente Lisboa é a mais fascinante, apaixonante e satisfatória de todas as cidades da Europa. Com céu azul todo o ano e um Inverno ameno (nossa e o frio que passei por lá?), este destino oferece oportunidades de compras fabulosas, uma vida noturna fantástica, empolgantes panoramas da cidade e do rio e um ambiente pitoresco onde elétricos antigos nos levam através das estreitas ruelas empedradas até aos excelentes pontos turísticos . Encontramos também largas avenidas: o prático do antigo funde-se com a sofisticação do século XXI. Sendo uma das mais bonitas cidades do mundo, Lisboa tem muito que se veja. A Praça do Comércio também conhecida como Terreiro do Paço (foto acima), é um dos pontos mais destacados de Lisboa. Lá ainda funcionam, alguns Ministérios. Durante séculos a Praça do Comércio foi a grande sala de recepção de Lisboa para quem vinha de barco, desfrutando de uma paisagem única do Rio e da cidade, situando-se aqui o Cais de desembarque de Reis e Chefes de Estado de visita ao País, sendo ainda visível a escadaria em mármore do Cais das Colunas que sai do Rio Tejo em direção à Praça do Comércio.
Os sons vão do melancólico fado ao delicioso (e por vezes ininteligível) sotaque. Os aromas que vêm de confeitarias e restaurantes despertam a gula. Esparramada pelas colinas que ladeiam o lendário Rio Tejo, Lisboa tem telhados vermelhos e azulejos coloridos. Becos e ruelas guardam preciosidades de um rico passado. O nosso próprio passado.
Os Beatles – quem mais poderia ser? – foram o aperitivo externo para a exposição “É Proibido Proibir” que estava patente no Museu do Design e da Moda, em Lisboa quando estivemos visitando a cidade. Mediam 7 m e guardavam as portas do MUDE, a exposição “É Proibido Proibir”, dedicada aos revolucionários anos 60 e 70. A rua ficou mais vibrante ainda, juntamente com o cheiro das castanhas assadas, o frenesi dos transeuntes e as animações de rua . Aqui mostro para vocês o que foi a alegria do meu marido Manuel. Deixou-se fotografar, ou melhor, quis ser fotografado em frente de cada um de seus ídolos.
Torre de Belém
A Torre de Belém foi construída na era das Descobertas (quando a defensa da cidade era de extrema importância) em homenagem ao santo padroeiro da cidade, São Vicente. Para melhorar a defesa de Lisboa, o rei João II desenhou um plano que consistia na formação de uma defesa constituída por três fortalezas junto do estuário do Tejo. Formava um triângulo, sendo que em cada ângulo se construiria uma fortaleza: o baluarte de Cascais no lado direito da costa, a de S. Sebastião da Caparica no lado esquerdo e a Torre de Belém na água (já mandada construir por D. Manuel I).
Chegamos a Torre de Belém vindos de um elétrico. Cruzamos uma passarela sobre uma larga avenida e assim pudemos visualizar a linda e famosa torre do alto. Próximo a ela encontramos uns músicos vestidos de índios, ávidos por moedinhas em euro, claro.
Durante os séculos que se seguiram, a Torre de Belém desempenhou funções de controle aduaneiro, de telégrafo e até de farol. Foi também prisão política, viu os seus armazéns transformados em masmorras, a partir da ocupação filipina (1580) e em períodos de instabilidade política.
Padrão do Descobrimento
O Monumento aos Descobrimentos, popularmente conhecido como Padrão dos Descobrimentos, localiza-se na freguesia de Belém, na cidade e Distrito de Lisboa. Em posição destacada na margem direita do rio Tejo, o monumento foi erguido para homenagear os elementos envolvidos no processo dos Descobrimentos portugueses. Visto da gigantesca Rosa-dos-Ventos, este monumento fascina pela sua majestosidade e pelos seus 50 metros de altura, sendo visitado por milhares de pessoas todos os anos. Minuciosamente esculpida em pedra, a Rosa-dos-Ventos foi um presente da República da África do Sul e percepciona-se melhor do cimo do Padrão dos Descobrimentos, cujo acesso é feito pelo elevador situado dentro do edifício. O mapa central, com figuras de galeões e sereias desenhadas, mostra as rotas das descobertas concretizadas nos séculos XV e XVI.
Mosteiro dos Jerônimos
O seu nome deriva do fato de ter sido entregue à Ordem de São Jerônimo, nele estabelecida até 1834. Sobreviveu ao terremoto de 1755 mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão Bonaparte no início do século XIX. Inclui, entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique e ainda os de Vasco da Gama, de Luís Vaz de Camões, de Alexandre Herculano e de Fernando Pessoa.
Pastéis de Belém
Em 1837, em Belém, próximo ao Mosteiro dos Jerônimos, numa tentativa de subsistência, os clérigos do mosteiro puseram à venda numa loja precisamente uns pastéis de nata. Nessa época, a zona de Belém ficava longe da cidade de Lisboa e o seu acesso era assegurado por barcos a vapor. A presença do Mosteiro dos Jerônimos e da Torre de Belém atraíam inúmeros turistas que depressa se habituaram aos pastéis de Belém. Na sequência da revolução liberal de 1820, em 1834 o mosteiro fechou. O pasteleiro do convento decidiu vender a receita ao empresário português vindo do Brasil Domingos Rafael Alves, continuando até hoje na posse dos seus descendentes.
A receita, transmitida e exclusivamente conhecida pelos mestres pasteleiros que os fabricam artesanalmente na Oficina do Segredo, mantém-se igual até aos dias de hoje. Tanto a receita original como o nome “Pastéis de Belém” estão patenteados.
Rossio
Praça do Rossio (Praça Dom Pedro IV) em Lisboa, um dos principais pontos turísticos da cidade. A Praça do Rossio ou, como também é conhecida Praça Dom Pedro IV é uma das mais lindas e antigas praças da capital portuguesa. O local está sempre cheio, seja de turistas, seja de moradores que amam passear na Praça Dom Pedro IV no fim da tarde para aproveitar o por do Sol e fazer um happy hour em um dos diversos cafés e bares ao redor e não importa a época do ano, a praça está sempre cheia de vida. Localizada na região da Baixa bem próximo ao Elevador da Justa – outro local imperdível para todos os turistas que visitam a capital de Portugal – no local, na época do Império Romano, existia um hipódromo e por ser tão antiga, é um lugar cheio de histórias e que você não pode deixar de visitar.
Ao redor da Praça do Rossio estão diversos prédios importantes em Lisboa, como o imponente Teatro Nacional, vários cafés (como o Café Nicola e o Café Beira Gare) e monumentos (fontes e um pedestal bem no centro da praça com a estátua de Dom Pedro IV – o Dom Pedro I que era assim chamado somente no Brasil, pois proclamou a independência do nosso país frente Portugal. A Praça do Rossio é ideal para se visitar a qualquer hora do dia.
Criou-se uma lenda urbana de que a referida estátua de D. Pedro IV na verdade teria sido, originalmente, concebida para o imperador Maximiliano do México. Como o imperador mexicano foi fuzilado em 1867, pouco antes do término da estátua, prontamente teria sido essa reaproveitada para o projeto de revitalização do Rossio, o que explicaria as – supostas – semelhanças da estátua do rei português com a figura do imperador mexicano.
Elevador de Santa Justa
O Elevador de Santa Justa é um transporte público da era da arquitetura do ferro, subindo da Rua de Santa Justa, na Baixa, ao Largo do Carmo, sendo atualmente o único ascensor vertical na cidade, desde que, em 1915, desapareceu o da Biblioteca. A sua construção foi licenciada em 6 de Julho de 1899, com o projeto pioneiro a cargo do engenheiro francês R. Mesnier de Ponsard, ficando a obra a cargo da empresa Elevadores do Carmo.
Largo do Carmo
Castelo de São Jorge
O ponto mais alto da cidade de Lisboa é uma das torres do Castelo de São Jorge, que fica a mais de 100 metros de altura e antigamente era o local mais seguro de Portugal, onde ficavam guardados os tesouros da família real. Uma obra feita por Leonardo da Vinci permite uma visão incrível da cidade que é muito bonita lá de cima. A torre é alta e é uma escada enorme para chegar lá em cima, mas vale a pena.
Circulando por Lisboa
Prepare as pernas para andar bastante por uma topografia íngreme. Mas, roubando uma frase de Fernando Pessoa, tudo vale a pena se o prêmio é conhecer essa cidade que é capital do país desde 1255, sobreviveu a um terremoto devastador em 1755 e hoje é um cenário ancestral pronto para ser explorado por quem não tem preguiça de andar.É muito fácil e agradável circular por Lisboa. Estando no centro, boa parte das atrações na Baixa, Chiado, Alfama e Bairro Alto podem ser alcançados a pé. Cansa um pouco, por conta das ladeiras, mas as escadinhas, calçadões e praças fazem parte da experiência. Se cansar, faça paradas estratégicas em despretensiosos cafés. A rede de metrô (www.metrolisboa.pt) e trens (www.carris.pt) são ótimas para lhe levar a áreas um pouco mais distantes como Belém e Parque das Nações.
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