Para conhecer bem a Ligúria, é preciso descobrir sua capital: Gênova, cidade de 800 mil habitantes, a 500 km de Roma, acariciada pelo sopro do mar e rodeada por costas rochosas e escarpadas. Ali, o viajante tem a impressão de ter entrado num grande antiquário. Com uma história única, a capital da Ligúria nasceu por volta de 500 a.C. e, de súbito, se tornou personagem importante no tráfego marítimo do Mediterrâneo, comerciando com a Córsega, e com pontos tão distantes como Bizâncio (atual Istambul), Argélia e Síria. Gênova é uma charmosa e importante cidade italiana à beira do Mediterrâneo.
Margeada por uma extensa bacia hidrográfica e protegida por um conjunto acidentado de montanhas, a cidade de Gênova abriga o mais importante porto marítimo da Itália, além de destacar-se como polo comercial e industrial de notável desenvolvimento no norte do país. Uma parte da antiga cidade de Gênova foi inscrito na Lista do Patrimônio Mundial (UNESCO) em 2006. A cidade é rica em arte, música, gastronomia, arquitetura e história, tornou-se em 2004 Capital da cultura.
Piazza De Ferrari
Quando imensos contingentes de italianos deixaram o país rumo à América, a partir de meados do século 19, Gênova foi o porto de saída obrigatório de todos eles. Hoje, na contramão da história da imigração, visitar a capital lígure é redescobrir uma autêntica cidade da Itália que ainda não foi invadida pelo turismo de larga escala.
Palazzo Ducale
Cattedrale di San Lorenzo – Duomo
Porta Soprana
Portão de Santo André (em Ligúria Porta de Sant’Andria) foi uma das entradas da cidade de Gênova também conhecido por Porta Soprana. Entre as principais arquiteturas medieval de pedra da capital da Ligúria, está situado no topo do Plano de Sant’Andrea , de onde tira o seu nome (o nome é bastante Soprana uma corrupção de Superana: a porta foi assim chamado porque ele foi levantada acima do plano da cidade).Atravessando a porta, bem pertinho fica a casa-museu de Cristóvão Colombo.
Casa de Cristóvão Colombo
O edifício é de dois andares, enquanto a fachada foi restaurada no século XVII. O piso térreo era usado como uma oficina de seu pai, que estava no comando de lã tecelagem e comércio. Escavações recentes, realizados durante o trabalho de restauração, trouxeram à luz as antigas fundações de um edifício que remonta a antes da Idade Média, provavelmente ao século VI.
Não há a certeza de que Cristóvão Colombo, o famoso navegador e explorador do Novo Mundo, tenha nascido em Gênova, em Savona, 15 quilômetros a oeste, ou mesmo fora de Itália. No entanto, alguns registos referem-se ao seu pai, um tecelão, e a várias residências da família nesta cidade.
É melhor visitar Gênova em dias úteis, pois hoje em dia muitos dos palácios abrigam instituições e escritórios, como a Câmara de Comércio, os vários bancos, etc.
O bairro Strade Nuove em Gênova é um bairro nobre, e sempre foi endereço de famílias tradicionais da aristocracia genovesa. Sua monumental arquitetura ainda causa admiração nos visitantes italianos e estrangeiros. Os seus palácios, que são chamados de Rolli di Gênova, têm átrios, salas espetaculares, afrescos, jardins, fontes com estátuas, coleções de arte. Em 2006 foram reconhecidos pela UNESCO como Patrimônio Mundial.
Na época da República de Gênova (século XI até 1797) os “Rolli” eram os palácios e as mansões das grandes famílias nobres que queriam hospedar pessoas eminentes em viagem de Estado. As mansões listadas entre os Sítios do Patrimônio Mundial da UNESCO são 46, mais uns oitenta Rolli que chegam intactos aos nossos dias. Um complexo harmonioso de edifícios, que encantou o pintor holandês Peter Paul Rubens.
As mansões são um amontoado de afrescos, móveis, estátuas, tecidos preciosos e quadros elegantes, como os dos Flamengos, que estavam na moda naquela época. Os prédios rivalizavam em tamanho, e em instalações raras na época, como a água quente.
Gênova é um importante porto marítimo que rivaliza com a cidade francesa de Marselha na disputa pelo lugar de melhor porto do mar Mediterrâneo É também chamado de La Superba (“a soberba”) devido ao seu passado glorioso.
Porto Vecchio
O porto é o coração de Gênova, a origem do seu poder e riqueza desde o século XI. Aqui respira-se trabalho, patente em todos os navios de mercadorias que por ali passam diariamente, estradas movimentadas, cais e edifícios de escritórios, a maior parte datados da década de 60 do século passado.A perpetuar a glória medieval, encontramos o farol, conhecido por Lanterna, restaurado em 1540 e localizado perto da Stazione Marittima. Antigamente, ateavam-se fogueiras no cimo da Lanterna, para guiar a entrada dos navios no porto.A melhor forma de apreciar o porto é a partir do mar; partem barcos para visitas guiadas desde a Ponte dei Mille.
Il Bigo
Hoje Gênova está despertando graças aos forasteiros, eternamente desprezados pelos genoveses. Como há tempos se fazia, muitos viajantes, artistas e escritores fincaram morada nessa cidade. Talvez tenham sido esses românticos incorrigíveis, como Byron, Balzac e Rimbaud, com suas crônicas, cartas e contos, a tornar viva essa cidade cheia de memórias.
A Biosfera
Gênova possui um porto natural, protegido pelas montanhas, a este e ao mar deve o seu desenvolvimento. Inúmeros monumentos são o testemunho da riqueza e opulência durante a Idade Média. No séc. XVI, a família Doria revelou-se uma astuta patrona das artes.
Acquario di Genova
Ingressos
Tem a possibilidade de comprar pela internet (e evitar as filas que dependendo do dia e da hora são enormes) neste site AQUI, com preços á partir de EUR 24,00 para adultos EUR 15,00 para crianças (os menores de 3 anos não pagam).
O Aquário de Gênova é um dos maiores da Europa e atrai mais de um milhão de visitantes por ano. Os tanques contêm seis milhões de litros de água, a área de exposição soma dez mil metros quadrados, vivem lá 5.000 hóspedes aquáticos de 500 espécies e 200 espécies de plantas.
Os mais de 70 nichos e tanques mostram golfinhos, tubarões, medusas, moréias, polvos, tartarugas, pinguins, corais e até recriam rios de florestas tropicais, o mar Vermelho e o oceano Índico, chamando sempre a atenção para a existência de um relacionamento responsável do homem com o ambiente aquático e com o mar.
Um dos maiores aquários da Europa, este edifício em forma de barco foi uma das principais novidades que as celebrações dos 500 anos da viagem de Colombo trouxeram à cidade. O Aquário de Gênova conta com mais de 5 mil seres marinhos nadando em milhões de litros de água.
Gênova se projetou no século 12, vencendo os piratas sarracenos que agiam na costa da Ligúria. Naquela época os mercadores fizeram fama e fortuna em Bizâncio (Istambul) e Bruges (Bélgica) e foi a vocação marítima dos genoveses que levou a Espanha a financiar a viagem que o traria Colombo até as Américas. Também foi pelo Porto de Gênova que passaram os imigrantes italianos que se dirigiam para a América no século 19.
O clima de Gênova é temperado, com influência mediterrânica, visto que há um decréscimo nas precipitações durante o Verão, mas não tão forte quanto em outros locais de clima mediterrânico típico. O mês mais frio na cidade é Janeiro, com temperatura média de 8° C, enquanto o mês mais quente é o de Julho, com temperatura média de 24° C. As estações mais chuvosas são o Outono e o Inverno. A queda de neve é algo incomum na cidade.