O Château de Cheverny é um dos mais célebres châteaux do Loire, ficando muito próximo do Château de Blois e do Château de Chambord. Enquanto que Blois é uma construção que carrega os estratos de estilos arquitetônicos que se estendem por quatro séculos, Cheverny foi construído num estilo clássico homogêneo. Na verdade Cheverny é o castelo de um nobre e, portanto, é incomparavelmente menor que um castelo real.
Uma dessas particularidades é que o castelo é da mesma família desde quando foi construído entre 1625 e 1634. E mais interessante que isso, a família que é proprietária mora no castelo atualmente. Vivem numa área reservada do castelo, que pertence a eles há mais de seis séculos. Por causa disso, a decoração permanece muito fiel, foi pouco alterada. São salas e dormitórios com móveis impressionantes e muito bem conservados. As obras de arte também chamam atenção pela beleza e raridade.Por nada no mundo é possível atravessar a barreira que separa a parte dos visitantes da dos proprietários, mas fotos sorridentes dos familiares aparecem pelo caminho para matar a curiosidade.
Uma outra curiosidade do Cheverny é que atrás do castelo fica a Orangerie, onde obras de arte de valor inestimável ficaram escondidas durante a segunda guerra, entre elas a Mona Lisa.
Atualmente também é célebre pela educadíssima matilha de cães que participam regularmente de elegantes caçadas de veados feitas à cavalo.Um canil com mais de 100 cães de caça impressiona os visitantes.
Cheverny, imponente pelo lado de fora, é ainda mais bonito em sua área interna. Ele foi cuidadosamente mobiliado por Jean Monier, a pedido de Maria de Médici. O conjunto interno desse château é considerado um dos mais ricos do Vale do Loire. Do lado de fora, seus dois jardins e um parque dão conta de deixar a paisagem ainda mais deslumbrante. Na época mais quente do ano é possível fazer passeios perto do castelo, entre eles um passeio de barco pelo canal das redondezas.
As terras do castelo foram compradas por Henri Hurault, Conde de Cheverny, Tenente General dos Exércitos do Rei de França e Tesoureiro Militar do Rei Luís XI (1423 – 1483), do qual o proprietário atual, o Marquês de Vibraye, é descendente.
Entretanto, a propriedade do castelo passou por vicissitudes históricas, como todo castelo que se preza.
Ele é famoso quer pelos seus magníficos interiores, quer pela sua coleção de objetos de arte e de tapeçarias.
Cheverny é famoso como a inspiração do desenhista belga Hergé na criação do Château de Moulisart, que aparece nas histórias de As Aventuras de Tintin. Volta e meia, pinturas do personagem surgem pela cidadela charmosa e pelos arredores do castelo, que tem extensos jardins com árvores enormes e centenárias. Nas histórias francesas em quadrinhos”As Aventuras de Tintin”, o castelo de Moulinsart, cujo dono é o capitão Haddock, foi inspirado nesse castelo.
As terras do château foram compradas por Henri Hurault, Conde de Cheverny, Tenente General dos Exércitos do Rei de França e Tesoureiro Militar do Rei Luís XI, do qual o proprietário atual, o Marquês de Vibraye, é descendente. Depois de ter sido recuperado pela Coroa devido a fraude para com o estado, foi doado pelo Rei Henrique II à sua amante Diane de Poitiers. Todavia, esta preferia o Château de Chenonceau e vendeu a propriedade ao filho do primeiro proprietário, Philippe Hurault, que construiu o palácio entre 1624 e 1630.
Confiaram a realização do novo palácio ao arquiteto Jacques Bougier (dito Boyer de Blois), que havia assistido Salomon de La Brosse na construção do Château de Blois. A decoração foi acabada pela filha de Henri Hurault e de Marguerite, a Marquesa de Montglas, cerca de 1650, com a ajuda do escultor e marceneiro Hevras Hammerber e do pintor Jean Mosnier (1600-1656), originários de Blois. Durante os cento e cinquenta anos seguintes, o palácio mudou muitas vezes de proprietário, tendo sido empreendidos grandes trabalhos de renovação em 1765. Em 1824, voltaria a ser comprado pela família Hurault.
Em 1914, o proprietário abriu o palácio ao público, provavelmente para angariar recursos para manter o luxo da propriedade. O atual proprietário descendente, o Marquês de Vibraye e sua família, continua a habitar o Château de Cheverny. Este é um castelo por demais elegante, arquitetura simétrica, é pequeno, mas sua decoração interior é luxuosa.
Se lembre que, além dos castelos, as várias cidades que compõem o Vale do Loire também têm atrativos urbanos interessantes. São atrativas por elas mesmas, com suas ruas charmosas, calçadas com pedras, e seus edifícios antigos; há também igrejas, pontes e mercados interessantes para conhecer.
Veja mais fotos do Château de Cheverny: