Jardins de Versailles

O que chama mais a atenção em no Palácio de Versalhes está nas janelas. Entrando por elas vislumbramos os jardins de Versailles. Visão esta que domina até o horizonte, com lagos cuidadosamente construídos.

Para diminuir a formalidade no Jardim de Versailles , construções diferentes chamadas “follies” ficam espalhadas aqui e ali, assim como uma alameda onde os cortesões dançavam durante o verão entre jardins de pedra, conchas e luzes decorativas. Estátuas de mármore e bronze eram colocadas pelo caminho e no meio da folhagem. Certa vez, 3.000 árvores do Laranjal conseguiram sobreviver ao inverno rigoroso.

Como passear pelos jardins do Palácio de Versalhes:

Você pode passear a pé pelos jardins (se tiver tempo e estiver com a musculação em dia… rs), pode comprar tickets e fazer o passeio numa espécie de trenzinho, que passa por pontos estratégicos do jardim ou pode alugar um carro parecido com aqueles carrinhos de golf. Em relação aos trenzinhos, saiba que  existem muitos deles e você pode descer de um e pegar o próximo, caso queira aproveitar algum ponto específico. Se você optar por carrinho de golf, com o custo de 30 euros você poderá andar por 40 minutos. O trajeto, no entanto, já é definido; eles te dão um mapa e você tem que seguir. Se você errar o caminho ou tentar sair do trajeto de propósito, o carrinho para sozinho e uma gravação pede para você voltar para o percurso estabelecido. Ao longo do caminho, o carro também vai dando informações sobre os lugares por onde você passa. Apesar de não poder sair do trajeto, você pode parar o carrinho pelo tempo que quiser. A questão é que 40 minutos é o tempo cronometrado para você fazer o trajeto todo sem parar. Ou seja, se você parar para ver o Petit Trianon, por exemplo, se atrasará e, para cada 15 minutos de atraso, você paga mais 8 euros.

Muitos turistas preferem visitar o jardim durante os meses de verão quando  as fontes são ligadas e ainda, dependendo do dia da visita, enquanto caminha-se no jardim pode-se ouvir música clássica. Sem duvida, essa foi uma boa forma de reproduzir a atmosfera de antigamente.

A criação dos jardins de Versalhes exigiu uma enorme quantidade de trabalhadores e a genialidade do designer de paisagens Andre Le Nôtre, que elaborou tudo no mais formal estilo francês.
A criação dos jardins de Versalhes exigiu uma enorme quantidade de trabalhadores e a genialidade do designer de paisagens Andre Le Nôtre, que elaborou tudo no mais formal estilo francês.

O jardim é dividido em duas partes, uma para a qual é necessário pagar uma entrada e que contém cerca de 12 sub-jardins cada um seguindo um desenho diferente, e as vezes até mesmo um estilo diferente.

André Lê Nôtre, jardineiro principal do rei, que levou 40 anos para deixá o Jardim de Versailles completo.

Os jardins de Versailles foram desenvolvidos ao longo da evolução do castelo, mas é considerado uma obra (de arte) de André Le Nôtre, que começou a trabalhar nesse projeto a partir de 1661. Com seus lagos, bosques, e estátuas, é o modelo por excelência de um jardim “à la française”. A definição mais simples de um “jardim francês” é a arte de corrigir a natureza com a imposição da simetria. Quem fala em jardim francês, fala de simetria. Nesse tipo de jardim a ordem vence a desordem e a cultura vence a natureza selvagem. A natureza é organizada através da geometria, da ótica e das leis da perspectiva. Era necessário um grande conhecimento de arquitetura para construir um jardim desta forma.

 

Os campos de Versalhes contêm um dos maiores jardins formais alguma vez criados, com extensos parterres, fontes e canais, desenhados por André Le Nôtre. Le Nôtre modificou os jardins originais, ampliando-os e dando-lhes um sentido de abertura e escala.
Os campos de Versalhes contêm um dos maiores jardins formais alguma vez criados, com extensos parterres, fontes e canais, desenhados por André Le Nôtre. Le Nôtre modificou os jardins originais, ampliando-os e dando-lhes um sentido de abertura e escala.

 

André Le Nôtre: Também gostava de usar a luz do Sol no seu maravilhoso trabalho de arte. Criou um plano centrado em volta do eixo central do Grand Canal. Os jardins estão centrados na fachada Sul do palácio, o qual está colocado num terraço para dar uma grande vista dos jardins. Ao fundo das escadas está localizada a Fonte de Letona.

As fontes são lindas: ainda usam o sistema hidráulico do Ancien Régime, da época de Luís XIV, e funcionam, contribuindo para tornar os jardins de Versalhes únicos. Hoje, os jardins fazem parte do Patrimônio da Humanidade da Unesco, e são controlados pelo Ministério da Cultura francês, o que significa que são públicos, um dos locais mais visitados da França, recebendo mais de seis milhões de pessoas por ano.

O eixo central dos jardins de Versalhes é o Grand Canal, de 1,7 km de comprimento, que foi elaborado para refletir o sol poente. Ao seu redor ficam plantações, canteiros, alamedas e lagos, isso sem falar das fontes (aproximadamente 1.400, incluindo uma espetacular, onde uma carruagem puxada por um cavalo carrega um Apolo triunfante), outra referência à glória do Rei Sol.

Também conhecido como jardim clássico, o jardim francês é considerado o mais rígido e formal de todos os estilos, e se traduz em formas geométricas e simetria perfeita. Criado no século XVII, durante o reinado de Luís XIV, o estilo demonstra o domínio do homem sobre a natureza e valoriza a grandiosidade das construções.

Um jardim é como um santuário: um lugar planejado para cultivar e apreciar plantas e flores, conviver com uma fauna simpática que inclui joaninhas e borboletas, manter conversas agradáveis e desfrutar de uma porção da natureza. Nos Jardins de Versailles encontramos Le Parterre d’Eau, os labirintos, os bosquets, as bacias, o grande canal, as esculturas, l’orangerie.

Como chegar ao Palácio de Versalhes:

Você pode alugar um carro, ir de trem ou ir de RER C. Esse metrô passa por várias estações em Paris: Saint Michel / Notre Dame, Musée d’Orsay, Invalides, Pont d’Alma, Champs de Mars / Torre Eiffel, e por aí vai. Se você estiver perto de uma delas, também pode ir de RER C.
Se você estiver com celular e internet, pode pesquisar no google “como chegar a Versalhes” e ele te dará todo o trajeto a pé, até chegar na estação mais próxima, de metrô, e a pé, novamente, até você chegar ao seu destino. Aliás, essa é uma dica de ouro: compre um chip e use a internet ilimitada para se guiar por Paris.

Quanto custa o ingresso para visitar o Palácio de Versalhes:

15 euros – para visitar o palácio e os jardins;
18 euros – para visitar o palácio, os jardins, o Grand e Petit Trianon e os jardins de Maria Antonieta.

Se você tiver o Paris Museum Pass , terá acesso a todas essas atrações.

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