Marselha na costa do Mediterrâneo

Marselha (em francês, Marseille) é a segunda mais populosa cidade de França e a mais antiga cidade francesa. Localizada na antiga província da Provença e na costa do Mediterrâneo, é o maior porto comercial do país. Esta encantadora cidade da região Côte d’Azur , também conhecida como Riviera Francesa na  França, passou por uma extensa facelift ( renovação) para o seu reinado como Capital Europeia da Cultura 2013 , e agora possui museus de classe mundial, galerias e artes cênicas.

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Começamos a conhecer Marselha pelo Porto Velho, local de nascimento da cidade e onde seu patrimônio marítimo prospera. O Porto Velho respira a história da região: navios têm ancorado aqui por quase três milênios. As principais docas comerciais foram transferidas para a área Joliette ao norte deste local na década de 1840, mas o antigo porto continua a ser um próspero porto para barcos de pesca , iates de recreio e turistas.

Com 2.600 anos de história, Marselha oferece uma riqueza patrimonial e gastronômica que a torna ainda mais fascinante. São 22 museus, 17 teatros e festivais de música durante o ano inteiro. E mais: 23 praias, 14 portos e, em média, 300 dias de sol por ano. É uma ótima cidade para servir como ponto base para explorara inúmeras cidades históricas do sul da França.

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Lugar que foi cenário do livro O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas.O romance é ambientado em Marseille e no Chateau D’If, que fica numa ilha em frente a cidade. Note a ilha lá no fundo atrás de mim. Já assisti o filme o Conde de Monte Cristo infinitas vezes. Por isso mesmo adorei conhecer Marselha.

 

O Castelo de If / Le Château d’if

O Château d’if, foi construído entre 1527 à 1529 a mando do Rei François 1º. Ele fica situado numa pequena ilha logo ao lado do arquipélago de Frioul, próximo as ilhas de Ratonneau e Pomègues no centro da orla de Marselha (Marseille). Construído sobre as rochas, é uma construção quadrada de 3 andares, medindo 28 metros cada um de seus lados, com 3 torres com janelas e saídas para canhões e armamentos. O resto da ilha, na qual mede apenas 3 hectares, é fortemente armada; altas muralhas com plataformas de canhão protegem as falésias. Transformada em prisão de Estado, em 1634, ela recebeu príncipes, filhos de família turbulentos (Mirabeau), protestantes, prisioneiros políticos, revolucionários… Abriu as portas ao público em 1890 e foi classificada monumento histórico. De todos os países, os turistas seguem as pisadas do abade Faria e de Edmond Dantès, os famosos heróis do romance Conte de Monte Cristo, de Alexandre Dumas.

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Marselha é um centro marítimo desde que os gregos antigos primeiro chegaram aqui. O Château d’if serviu de prisão durante 400 anos de utilização oficial, apesar de relatos de que antes mesmo de ser construída, já haviam prisioneiros no local. Ficou conhecida pelo romance de Alexandre Dumas, ‘O Conde de Monte-Cristo’ (Le comte de Monte-Cristo), e é atualmente um dos lugares mais visitados de Marselha (Marseille). Foi classificado como Monumento Histórico no dia 7 de Julho de 1926.

 

Marselha conta com uma combinação não-parisiense de sol quase constante, quilômetros de praias e uma mistura étnica -francesa, norte-africana, italiana, corsa, armênia – que lhe dá um sabor diferente de qualquer outro lugar no país. Não é de estranhar que o restante da França a chama de ‘Planète Mars’. E a notícia fica ainda melhor: nomeada Capital Europeia da Cultura de 2013, o porto historicamente não refinado está melhorando, graças a uma reforma da orla marítima, um novo sistema de bondes, a primeira onda de hotéis de design, uma geração de jovens empresários de restaurantes e vida noturna e uma cena de moda local. Mais do que nunca, há vida em ‘Mars’.

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No início do século XX, a vida trepidante de Marselha concentrou‑se na atividade portuária da Canebière. Nesta famosa avenida reina uma intensa animação graças aos grandes cafés da época, famosos por serem os mais belos do Mundo, e onde se encontram inúmeros negociantes e armadores. Encontram‑se aí também grandiosos hotéis de luxo, onde pernoitam personagens célebres, provindas do mundo político, econômico e artístico.

 

Fascinante

Poucas cidades na Europa têm raízes tão extensas e fascinantes como Marselha, segunda maior e mais antiga da França. Há registros de ocupação que datam de 30 mil anos, mas foram os gregos, em 600 a.C., que fundaram a metrópole que passou por histórias incríveis de invasões, guerras, pobrezas e até pestes (uma dizimou metade da população em 1720), mas que hoje ressurge como um destino vibrante, autêntico e referência do sul do país. O território de Marselha forma uma espécie de anfiteatro, bloqueado pelo mar a oeste, pelos calanques ao sul com o Maciço de Marseilleveyre, pela Costa Azul ao norte com a vila de l’Estaque (imortalizado pelo pintor Paul Cézanne) e pelos maciços de l’Étoile e Garlaban a nordeste. A cidade se estende por uma faixa de 57 km² ao longo do Mediterrâneo.

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A alma do povo francês está em Marselha, e em peso, mas certas áreas de Marselha são capazes de nos transportar a lugares perdidos da África e do Oriente Médio. Além disso, é fácil notar também a influência dos italianos, que migraram para a região no final do século 19 (aliás, a pizza marselhesa é muito recomendada). Boa parte dessa variedade se deve ao fato de Marselha ter nada menos que 14 portos em uma faixa litorânea inferior a 60 quilômetros. Para estar perto do Mediterrâneo e ainda sim desfrutar de bons cafés e restaurantes, a melhor dica é o Porto Velho, ou Vieux Port.

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Vista da cidade a partir Notre Dame de la Garde. O território de Marselha forma uma espécie de anfiteatro, bloqueado pelo mar a oeste, pelos calanques ao sul com o Maciço de Marseilleveyre, pela Costa Azul ao norte com a vila de l’Estaque (imortalizado pelo pintor Paul Cézanne) e pelos maciços de l’Étoile e Garlaban a nordeste. A cidade se estende por uma faixa de 57 km² ao longo do Mediterrâneo.

Calanques

A capital da Provença nada se assemelha à paisagem rural dos campos de lavandas e dos vinhedos que decoram uma das regiões mais românticas do velho continente. Marselha é marítima, de essência mediterrânea, de pescadores e mercantes. Sua singularidade é enriquecedora, com praias paradisíacas, como as de Calanques, já na icônica Riviera Francesa, que se estende até a badalada Cannes. Muito foi feito em Marselha nas últimas décadas. De temida no passado por altos índices de violência, passou a ser reconhecida pelo acelerado ritmo de melhora na qualidade de vida e por imprimir uma mistura acertada de vanguardismo e originalidade.

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Projetado pelo arquiteto Rudy Ricciotti na entrada do Porto Velho de Marselha, entre a água e o céu, o Museu da Civilização da Europa e do Mediterrâneo foi inaugurado em março 2013.

Mar azul

Uma das coisas mais bonitas em Marselha é a tonalidade azul do mar Mediterrâneo. Vale à pena fazer passeio de barco, ou percorrer à pé ou de carro a costa desta cidade parando nos mirantes. A paisagem mediterrânea seca, o céu e o mar azuis fazem de Marselha uma cidade “fotogênica”. Sendo povoada desde o século VII a.C. pelos gregos, e estando sob domínio romano a partir de 49 a.C., Marselha possui uma série de fortificações antigas.

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Alternativamente procure explorar ‘Le Panier”, a parte velha da cidade. A estrada antiga da cidade velha segue por uma rua que se abre para Place de Lenche, onde se localiza o mercado grego. Ele ainda é o lugar para fazer compras de produtos artesanais. Não perca o Centro de la Vieille Charité, um ex-reformatório que hoje abriga exposições.

Catedral Santa Maria Maior em Marselha

Também chamada de Basílica de Santa Maria a Maior, a Catedral de Marselha é um imponente edifício, único em seu estilo romântico-bizantino na França, evocando o Oriente. Foi construída na metade do século XIX, durante uma temporada de grande crescimento econômico, demográfico e social de Marselha. Assim como a Catedral Notre Dame de la Garde em Marselha, a Basílica Maior é um dos pontos turísticos mais visitados.

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A Catedral fica fora do centro da cidade, entre o Porto Velho de Marselha e o Novo Porto Comercial. Sua arquitetura grandiosa e decoração interior em mármore fazem com que ela chame a atenção e se distingue das demais construções religiosas. Foi classificada como Monumento Histórico da França em 1906. A Catedral Maior foi construída no terreno que pertencia a uma antiga catedral românica, a ”Velha Maior”, sendo a atual chamada de ”Nova Maior”. Ao escavar o cimento, os responsáveis pela obra acharam vestígios de uma igreja paleocristã e um batistério.

Basílica de Notre Dame de la Garde- (Nossa Senhora da Guarda)

Onde quer que você vá, em Marselha, você vê a Basílica de Notre Dame de la Garde  a opulência  do século  19 do período  romano-bizantino. A cúpula da capela está situada em ” La Garde” , o ponto mais alto de Marselha. O topo da colina oferece panoramas de 360 graus do  mar e da cidade mostrando os prédios com telhados  de terracota. Marcas de bala e cicatrizes de estilhaços sobre a fachada norte provam a luta feroz da batalha pela Libertação de Marselha , em 1944. A Basílica de Notre Dame é um dos pontos turísticos mais procurados em Marselha, talvez pela localização privilegiada.

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Pode-se chegar até a Notre Dame de la Garde pegando um “trenzinho” em Vieux Port. Essa igreja está localizada no alto, dando uma excelente vista da cidade. A igreja, com sua decoração dourada, também apresenta várias miniaturas de barcos.

 

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Basílica Notre Dame de La Garde – Localizada em uma colina de 154 metros, a construção, no estilo romano bizantino, foi concluída em 1864. O símbolo maior de Marselha surpreende pela beleza da decoração, com deslumbrantes mosaicos (restaurados em 2007) e um santuário gigantesco dedicado à Virgem Maria, com uma estátua de 9,70 m de altura. De lá, tem-se também a mais bela vista da cidade. Meu marido simplesmente amou essa igreja. Todos os lugares santos que passamos, oramos pelos familiares e amigos.

 

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Os imensos ex‑votos (quadros, objetos ou placas gravadas penduradas na igreja, após um voto ou em memória de uma graça obtida), no interior da basílica, testemunham o fervor dos marselheses. Uma virgem dourada de 9,70 metros coroa o edifício. Da esplanada, pode‑se admirar a mais bela vista de Marselha.

 

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Em 1524, o rei François I encomenda a construção de um forte. A basílica atual, de estilo romano bizantino, construída segundo os planos do arquiteto Espérandieu, faz parte das grandes obras empreendidas sob o reinado de Napoleão III e foi concluída em 1864. A riqueza dos materiais e o requinte das decorações dos mosaicos, restaurados criaram um santuário precioso dedicado ao culto da Virgem Maria.

 

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